Neste livro, o olhar arguto e global de Georges Minois traz ao leitor contemporâneo uma súmula das concepções de inferno que acompanharam as principais civilizações humanas. Veremos também que, mesmo em face do declínio das crenças tradicionais e da Igreja católica, dos questionamentos à ideia de inferno dentro dos próprios ambientes eclesiásticos, o conceito ainda se faz presente e relevante, como se a história do inferno fosse também a história do homem confrontado com sua própria existência.
Este livro é uma proposta de um itinerário das igrejas de São Paulo, em que a diversidade da arte sacra produzida na capital se oferece como farta amostra do que encontramos pelo interior do estado. Os artigos que compõem o volume nasceram de vasta pesquisa histórica, artística e iconográfica. Da taipa ao concreto, as palavras e imagens apresentam a fé vivida por um povo e materializada em arquitetura, escultura e pintura. Na arte das igrejas também se expressam, de alguma maneira, as relações sociais e a vida comunitária que se estabeleceu a partir e ao redor de cada uma dessas construções.
Cada “símbolo natural” carrega um significado social, e cada cultura estabelece suas leituras desta significação. No plano individual, cada pessoa trata seu corpo como uma imagem da sociedade. Seria possível buscar um substrato comum às diferentes sociedades? Ali onde se encontram regularidades no sistema, pode-se esperar encontrar os mesmos sistemas naturais de símbolos, sistemas que são recorrentes e identificáveis nas diferentes culturas?
Quem é o responsável pelas infelicidades que esmagam a humanidade? Depois de muitas hesitações, os primeiros Pais da Igreja buscaram a explicação no velho mito bíblico de Adão e Eva. Os bispos do concílio de Trento fizeram dele um dogma, afirmando que a falta do primeiro homem corrompeu a natureza humana. Desde então, a doutrina do pecado original moldou a moral cristã e, mais amplamente, a imagem do homem. Construída com cuidado e erudição, esta obra é instrutiva e instigante, feita para pessoas curiosas, crentes ou não, sobretudo numa época em que a distinção entre o bem e o mal — e sobretudo sua origem — se articula com dificuldade.
Este livro marca uma etapa fundamental do projeto de Bruno Latour: fazer uma antropologia positiva das sociedades ocidentais. É composto por dois textos, que desafiam duas noções: a de “crença” e a de “crítica”. Para isso, o autor articula duas noções centrais, a de "fatiche" e a de "iconoclash". Com sua mistura característica de ousadia intelectual e bom humor, Bruno Latour fornece neste livro algumas novas ferramentas para que os ocidentais investiguem a si mesmos e renovem seu olhar sobre outras culturas.
O objetivo deste livro é facilitar o acesso do público às conclusões científicas acerca de eventos tidos como milagrosos, com explicações e contextualização. Fontes são citadas e, sempre que possível, um pouco do ambiente histórico que cercou cada caso e investigação é descrito, para ajudar na compreensão e oferecer um pouco de cor e perspectiva. A principal motivação da obra é o argumento feito no século XIX pelo matemático William Clifford em seu ensaio A ética da crença: aquilo que você acredita ser verdade influencia as decisões que você toma, e com isso, o efeito que você tem sobre as pessoas ao seu redor e a sociedade em geral. Para o autor, muitas pessoas tomam decisões importantes sobre suas vidas, e sobre as vidas dos que lhes são próximos, baseando-se em mitologia travestida de história, em metáforas levadas a sério demais, em superstição posando como dado concreto.
Embora não haja dúvida de que a religião tenha se mantido em forte destaque no curso da história, também está claro que se tornou muito difícil sintonizar seu modo altamente específico de enunciação. Todo esforço para falar disso com o tom acertado parece impreciso: reacionário, piedoso ou simplesmente vazio. Neste livro, Bruno Latour oferece uma abordagem singular sobre os conflitos intermináveis entre ciência e religião, mergulhando nos meandros do discurso religioso e esclarecendo-o de uma maneira original, em que forma e conteúdo se completam e contribuem para que o leitor se aproxime do objeto de análise.
Quais são os conflitos entre as três religiões monoteístas? Neste livro, são abordadas as questões sociopolíticas e psicodinâmicas que contribuíram para o surgimento da crença em um único deus e as formas dialógicas e conflituosas que podem ser assimiladas nos três monoteísmos – cristianismo, judaísmo e islamismo.
O Dao De Jing (ou Tao Te Ching), tradicionalíssima coletânea de provérbios chineses, é a raiz de tradições religiosas e filosóficas milenares como o Taoismo e o Zen. Nos últimos séculos, após inúmeras traduções, despertou o interesse do público ocidental. A Editora Unesp lança esta tradução inédita com um enfoque particular: tornar mais compreensível a complexa tradição cultural da China, possibilitando uma visão de como seu povo percebe o mundo.
Bilíngue em português e alemão, os quatro textos clássicos que compõe essa obra mostra como Martinho Lutero (1483-1546) modificou a língua, o imaginário e os valores do cristianismo. Escrito na segunda década do século XVI, o livro abriu novos caminhos para as formas do pensamento moderno.