Um olhar histórico e sociológico sobre a homeopatia enquanto fenômeno cultural e seus embates com a ciência. Desde suas raízes no século XVIII, a homeopatia desafia a medicina convencional, dividindo opiniões e gerando debates. Conquistou adeptos fiéis que defendem sua eficácia, enquanto parte da comunidade científica questiona a falta de comprovações robustas e conclui não haver boas razões para acreditar que a homeopatia de fato seja eficaz. Cultura homeopática enquadra a disseminação do conhecimento homeopático como um objeto da agnotologia, para tentar entender, sob um prisma sociológico, como as crenças homeopáticas sobrevivem e se desviam até mesmo do conhecimento científico moderno.
Em sua obra, Ana Penido realiza uma análise profunda e consistente sobre a profissionalização militar, explorando-a através do prisma da educação, que é regulamentada por uma legislação específica. Ela investiga como essa formação não apenas molda os profissionais da segurança nacional, mas também se entrelaça com a política. Com um foco aguçado na relevância desse tema, a autora discute a essencialidade de um controle civil eficaz sobre as atividades militares no Brasil, destacando sua importância para a compreensão da relação entre militarismo e democracia.
A reflexividade, tema que perpassa toda a obra de Bourdieu, é posta em foco neste livro. Este livro reúne textos de Pierre Bourdieu sobre a necessidade de uma ciência social reflexiva, ou seja, que analisa a si mesma e seus métodos. É uma leitura essencial para aqueles que buscam uma ciência crítica, consciente de seus limites e capaz de contribuir para a transformação social.
Joaquim Pinto de Oliveira, o Tebas, emerge das sombras da história para ocupar o lugar que lhe cabe na construção de São Paulo colonial. Nascido em cativeiro, filho de mãe escravizada e pai incógnito, sua vida se entrelaça com as complexas teias de uma sociedade escravocrata, mas também revela a força e o talento de um homem que superou as amarras da opressão.
Uma contribuição potente para o debate sobre o capitalismo pós-covid Nos últimos cinquenta anos, o mundo assistiu a uma crescente desregulação das economias e ao recuo das políticas sociais, ao mesmo tempo que se ampliaram as desigualdades. Recentemente, conflitos mundiais de grande porte e a pandemia de Covid-19 nos alertam para os excessos da globalização, para a urgência ambiental, o desgaste das democracias e o crescimento do populismo de extrema direita. Diante disso, este livro representa uma potente contribuição para o debate sobre o capitalismo contemporâneo, as grandes desigualdades sociais que o permeiam e os desafios que se impõem ao século XXI.
Nos ensaios que compõem este volume, James N. Green se debruça sobre seus temas de pesquisa mais caros, a saber, o movimento LGBTQIA+ e o período da ditadura militar brasileira, sem se afastar do tom pessoal e da prosa fluida que lhe são característicos. Trata-se de uma obra que já nasce como referência para todos que estudam ou têm curiosidade sobre o tema.
Obra maiúscula de um dos grandes sociólogos brasileiros em atividade Segundo a Organização Internacional do Trabalho, hoje ainda há 27,6 milhões de trabalhadores, no mundo inteiro, sob diferentes formas de escravidão. Destes, quase quatro milhões estão nas Américas. Neste livro, o autor se propõe a desvendar e explicar essa anomalia social e moral no contexto brasileiro, com base na informação empírica já abundante sobre o tema da continuidade disfarçada da escravidão no período pós-escravista.
Em um mundo que ainda se ressente da pandemia de covid-19 e das perspectivas pouco alentadoras que ela abre, este pequeno e vibrante elogio às massas é um bem-vindo respiro: aqui, Hans Ulrich Gumbrecht – que, em paralelo à sua prolífica atividade intelectual no campo das ciências humanas, é ávido apreciador de esportes (e apaixonado torcedor do Borussia Dortmund) – encontra razões poderosas e vieses inexplorados para elogiar as multidões, explorando com olhar entusiasmado o estado de espírito que elas ensejam.
Se é plausível admitir o conhecimento produzido pela sociologia como um saber científico, seria o sociólogo, então, um cientista comparável aos praticantes das ciências naturais, como físicos ou biólogos? E, afinal, o que significa dizer que, numa pesquisa sociológica, busca-se a verdade? Eis algumas perguntas que levaram Zygmunt Bauman a escrever o presente livro, que se debruça sobre a constituição da sociologia como ciência.
Este livro apresenta a agroecologia e sua complexidade, propondo um modelo de desenvolvimento territorial baseado na organização camponesa para produção de alimentos com base na policultura e na valorização da diversidade das paisagens, dos ecossistemas e das espécies como modo de valorização da vida.