Este livro é resultado de pesquisa e reflexão prodigiosas sobre o teatro em São Paulo nos anos de 1980. A elaboração analítica de um panorama exaustivo da produção comercial produz os critérios necessários ao exame da trajetória de dois grupos - Teatro União e Olho Vivo e Apoena/Engenho Teatral -, que, por opções ética, política e estética, atuaram à margem do circuito, pagando o preço da incompreensão crítica e da invisibilidade social. Em reviravolta histórica, esses mesmos grupos se tornaram referência para a quase totalidade dos jovens que assumiram a cena - igualmente marginal - desde o final do século XX e que respondem pelo que há de melhor na cena paulista da primeira década do século XXI. Estamos diante de obra de referência: o professor Alexandre Mate expõe a experiência de grupos essenciais em nossa cena mais exigente e generosamente disponibiliza material valioso para novas pesquisas.
Tem experiência na área de Artes, com ênfase em história do teatro mundial e brasileiro. Há longos anos desenvolve pesquisa sobre manifestações do teatro paulista e, atualmente, tem se dedicado aos estudos sobre o teatro de rua. Na universidade pública desde 1993, ministra aulas na graduação e na pós-graduação do Instituto de Artes da Unesp. Tem mestrado em Teatro-educação pela Escola de Comunicações e Artes (ECA) e doutorado em História Social pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH), ambas institui¬ções da Universidade de São Paulo (USP)
Este livro é uma proposta de um itinerário das igrejas de São Paulo, em que a diversidade da arte sacra produzida na capital se oferece como farta amostra do que encontramos pelo interior do estado. Os artigos que compõem o volume nasceram de vasta pesquisa histórica, artística e iconográfica. Da taipa ao concreto, as palavras e imagens apresentam a fé vivida por um povo e materializada em arquitetura, escultura e pintura. Na arte das igrejas também se expressam, de alguma maneira, as relações sociais e a vida comunitária que se estabeleceu a partir e ao redor de cada uma dessas construções.
Uma viagem pela música e pela atividade intelectual de Paulo Vanzolini, Arrigo Barnabé, Luiz Tatit, José Miguel Wisnik e Arthur Nestrovski, Música e universidade na cidade de São Paulo mostra como esses compositores professores desenharam um novo cenário na produção musical paulistana e colocaram-na em evidência tanto na academia quanto nos meios musicais mais evidentes.
Por mais que se denuciem violências contra a criança, ela ainda é vista por muitos como um ser humano incompleto, inferior. Sem voz social, não é reconhecida como protagonista de sua própria vida familiar ou escolar, sendo submetida a condições desumanas, sofrendo coerções e situações de desprazer totalmente desnecessárias ao seu crescimento, desenvolvimento e manutenção de seu bem-estar psíquico. Este livro lança um olhar histórico sobre a noção de infância e de assistência à criança, realizando enlaces entre diferentes violências, sejam elas de cunho familiar, cultural ou escolar. A autora estuda a importante questão dos meninos de rua, incluindo as oficinas e vivências realizadas com as crianças estudadas na pesquisa.
Considerado um dos melhores e mais abrangentes estudos mundiais sobre o período "pré-cinema", este livro é de grande importância para o estudo da arte, da fotografia e da sétima arte. Aponta ainda como efeitos do cinema contemporâneo, como fades e panorâmicas, foram inventados e empregados nos séculos XVIII e XIX. (Co-edição: Editora SENAC São Paulo) O cinema, arte e indústria, atravessou o século XX e começa o XXI numa trajetória bem documentada, repleta de fatos e personagens à disposição de quem queira conhecê-los, em filmes, livros e jornais. Este trabalho de Laurent Mannoni dedicado ao "pré-cinema", ou seja, ao esforço de conquistar a técnica da produção de imagens em movimento, mostra que também essa fase várias vezes secular foi rica de acontecimentos, com seus malogros e êxitos, seus heróis e mártires criativos - a exemplo de Christiaan Huygens, o inventor da placa animada (a projeção numa tela da imagem luminosa e movimentada) que morreu em 1695, exatamente duzentos anos antes de dar-se por inventado o cinema, ou cinematógrafo. Com clareza e vivacidade de exposição que estimulam a leitura, abrindo freqüentes "janelas" de testemunhos sempre interessantes, A grande arte da luz e da sombra, indispensável aos estudantes e profissionais de fotografia e cinema, endereça-se também ao público amplo apreciador de história, ciência, tecnologia, literatura e sociologia. O SENAC de São Paulo e a Editora UNESP dão mais esta importante contribuição à bibliografia das artes visuais no país.
O cinema brasileiro precisou ganhar em tecnologia, industrializar-se e imitar bem o seu correlato americano para poder impor a temática rural para o grande público. E, tal como aquele, afirmá-la como passado, sem vigência, como tradição. Uma forma de abordagem que afirma um rural que não é, para poder, da melhor maneira possível, diferenciá-lo daquele que fala – e daquele que a ele assiste.