Nesta obra, Costa Lima recupera as acepções históricas e filosóficas da melancolia para estabelecer a articulação desse estado afetivo com a literatura. No percurso dessa investigação, o autor reconhece a condição de “criatura carente” no caráter humano – pathos da melancolia no discurso ficcional e plástico. Com essa tese, o ensaísta irradia sua análise para traços peculiares da produção de dois escritores decisivos da literatura moderna ocidental: o tcheco Franz Kafka e o irlandês Samuel Beckett. Ao fazer esse mapeamento extenso, estudado ora teórica ora textualmente, Costa Lima aponta como a experiência melancólica, na cultura ocidental, afetou de diferentes modos as diversas expressões do pensamento e das artes.
Luiz Costa Lima é crítico literário e professor da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. Publicou importantes livros de ensaios, entre eles Mímesis e modernidade (1980), Vida e mímesis (2000), O controle do imaginário e a afirmação do romance (2009) e Frestas: a teorização em um país periférico (2013).
Com Poesias (1888) e Tarde (1919), entre outras obras, Olavo Bilac (1865-1918) insere seu nome na história da literatura brasileira como um dos principais poetas parnasianos, dos quais é certamente o mais popular, graças à sensualidade decorosa e ao sentimentalismo mitigado, além da habilidade versificatória. Junto a seus contemporâneos, o escritor adquire também sólida reputação como jornalista, orador e intelectual politicamente empenhado.
Estudo básico sobre Cláudio Manuel da Costa. O autor elabora uma avaliação precisa do contexto literário arcádico no país e uma análise original da obra do poeta mineiro.
Ao investigarem “a morte do autor” e a falência da linguagem, os críticos dão com a arma do crime com as impressões digitais de Derrida (1930 - 2004). Nenhum outro filósofo levantou tanta suspeita ou foi tão desafortunadamente desfigurado. Johnson nos mostra que “desconstrução” não significa “destruição” e que em Derrida se pode conhecer o que há de mais relevante sobre nosso tempo.
A crítica literária e a lingüística têm nos textos literários um grande desafio. Diversas correntes deixam de lado o texto propriamente dito e colocam em primeiro plano outras ciências, como a sociologia, a história e a psicologia. Lingüista da Universidade de Reims, França, o autor valoriza o papel do leitor como receptor. Entende, portanto, o ato da leitura como um momento em que o prazer estético, obtido pelas relações entre forma e conteúdo, transporta o fruidor a uma outra realidade, criada pelo poder da palavra.
Kiernan dedica à obra shakespeariana uma análise distinta daquela que caracteriza a maior parte dos comentários publicados. Segundo ele, trata-se de associar Shakespeare "ao ambiente em que o poeta respirou". Kiernan mostra como os feitos dramáticos e poéticos do dramaturgo inglês não transcenderam seu meio, mas, ao contrário, foram diretamente influenciados pela sua consciência cívica e por sua reação crítica às mudanças então ocorrentes na sociedade.