A política econômica nos governos Jânio Quadros e João Goulart, 1961-1964
Este livro analisa o processo de formulação e implementação da política econômica durante os governos de Jânio Quadros e João Goulart – um dos momentos mais críticos da história brasileira do século XX. A análise é feita a partir da atuação de classes sociais domésticas e grupos de interesses estrangeiros, notadamente o governo norte-americano e o Fundo Monetário Internacional (FMI). A partir de amplo leque de fontes, mostra-se como as condições por trás do golpe civil-militar de 1964 relacionaram-se à incapacidade do governo de conter os graves desequilíbrios da economia no período.
Felipe Pereira Loureiro é professor do Instituto de Relações Internacionais da Universidade de São Paulo (IRI-USP), pesquisador do Núcleo de Estudos em Política e Economia Internacional da USP (Nepei-USP), membro do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia para Estudos sobre Estados Unidos (INCT-INEU) e coordenador do projeto de extensão universitária Historiando. É autor de vários artigos sobre as relações econômicas entre Brasil e Estados Unidos nos anos 1960. Atualmente desenvolve projeto com apoio Fapesp sobre política externa e relações Brasil-Estados Unidos durante a ditadura militar brasileira.
Desde que veio a público a chamada Operação Brother Sam, plano sigiloso conduzido pela administração Lyndon B. Johnson para dar respaldo militar aos golpistas de 1964, não foi mais possível disfarçar o papel de Washington para o fim da democracia brasileira do pós-guerra. O presente livro engrossa o caldo de reflexão sobre o assunto, apresentando um acurado e inédito mapeamento do auxílio econômico ofertado pelos Estados Unidos diretamente a estados da federação brasileira, passando-se por cima do governo federal, como parte do processo de contenção e desestabilização da administração Jango.
Este livro apresenta uma análise da dimensão política da organização do processo de trabalho da Estrada de Ferro Sorocabana, num período caracterizado pela introdução de práticas racionais e científicas, em sua estrutura técnica e administrativa. A preocupação em recuperar as experiências vividas cotidianamente pelos ferroviários, em suas relações sociais no espaço do trabalho, vinculou-se à hipótese sobre a existência de uma luta política no cotidiano do processo produtivo
O propósito deste livro é discutir a questão do procedimento de leitura. Partindo da problemática da interpretação e compreensão, pretende refletir sobre diferentes perspectivas teoricas que possam contribuir para o seu melhor entendimento. Para amparar essa discussão, toma o texto O príncipe, de Nicolau Maquiavel, e observa como se construíram suas diferentes leituras ao longo da história, recuperando o contexto sócio-histórico em que a obra foi escrita e examinando sua organização discursiva, para, em seguida, procurar compreender os diferentes mecanismos interpretativos desencadeados por vários de seus leitores.
O reino da liberdade começa com a redução da jornada de trabalho. Esse pensamento de Karl Marx é o mote do presente livro. Neste volume, acompanhamos a história da luta operária pela jornada de oito horas, que teve como resultado uma progressiva redução do tempo de trabalho ao longo de todo o século XX, e entendemos por que essa conquista se encontra ameaçada. Com o alvorecer do século XXI, é o reino da não liberdade que se expande com incrível furor, o que torna premente o retorno dessa pauta para a luta dos trabalhadores de todo o mundo.
Personagem dos mais importantes na história do Brasil, Joaquim Nabuco é visto neste trabalho de maneira original. A ênfase recai sobre como ele e a British and Foreign Anti-Slavery Society promoveram-se mutuamente. O autor realiza, nesse sentido, um revelador balanço da ação abolicionista de Joaquim Nabuco e de seu trabalho com sociedade antiescravista inglesa para a edificação de sua própria imagem de líder do movimento abolicionista brasileiro.