No ano em que se comemorava o centenário de nascimento de Beethoven, Wagner publica um ensaio em homenagem ao seu compatriota, cujo título nomeia o homenageado. Nesse texto, Wagner toma por base conceitos empregados na obra O mundo como vontade e epresentação de Schopenhauer e vê na obra beethoveniana a consagração do conceito de Idéia, a profundidade musical revelada no sublime, em oposição à superficialidade e idéias estéticas sazonais. Este livro apresenta uma análise aprofundada desse importante texto do século XIX, o qual é pouco conhecido em língua portuguesa. A partir das idéias inseridas em Beethoven, o autor verifica três eixos de relações, a saber: a relação Wagner-Beethoven, a inserção desse texto na estética musical do século XIX e o uso da filosofia schopenhaueriana por Wagner como instrumento de legitimação filosófica, visando colocar Beethoven como fundador da Obra de Arte Total.
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Com a preocupação de contribuir para a conscientização do que seja música eletroacústica, o autor trata das questões estéticas mais fundamentais da composição em seu confronto com os meios eletrônicos, enfocando-os do prisma da atualidade, sem perder de vista o horizonte histórico que lhes dá suporte. Nesta edição, o leitor encontrará uma minuciosa análise das obras eletroacústicas A Dialética da Praia e Parcours de l'Entité, ilustradas em partitura e CD, ambos acompanhando o volume.
Este livro é representativo da posição de relevo que a música ocupa na vida – e na obra – de Rousseau, seja em escritos teóricos ou na composição de obras musicais, que lhe renderam certo prestígio na corte de Luís XV. Amante da música antes de ser filósofo, Rousseau recebera como encomenda de Diderot e d'Alembert para a Enciclopédia, em 1749, artigos sobre o tema. O presente Dicionário tem como experiência seminal a redação daqueles artigos. Os verbetes que o constituem, resultado de anos de aperfeiçoamento após a experiência anterior, também refletem preocupações enciclopédicas e filosóficas de Rousseau, bem como reflexões críticas, demarcações de gosto e o posicionamento público sobre sua ideia do que deveria ser a boa música.
Ao relacionar a música com outras áreas do conhecimento, como a psicologia, a psiquiatria e a antropologia, este livro mostra como o estudo e a prática de música estimulam a memória e a inteligência. O poder da música e o papel que ela já tem e que pode vir a desempenhar na vida de todos nós é o tema deste livro. Ele busca sensibilizar os educadores para a necessidade da linguagem musical no processo educacional formal e informal, despertando a conscientização das possibilidades da música para favorecer o bem-estar e o crescimento das potencialidades dos alunos, já que ela fala diretamente ao corpo, à mente e às emoções. Muito mais do que uma experiência somente estética, a música é concebida como uma experiência fisiológica, psicológica e mental, um universo que conjuga expressão de sentimentos, ideias, valores culturais e ideologias, além de propiciar a comunicação do indivíduo consigo mesmo e com o meio que o circunda.
Resultado de um conjunto de conferências ministradas por Adorno, este livro expõe seu modo de reflexão a respeito das articulações entre arte, história e sociedade. Adorno é capaz de encontrar a “sociedade inconsciente de si mesma” em fenômenos aparentemente contingentes, como a formação do público ouvinte de ópera ou o culto contemporâneo à figura do maestro. Esta obra de maturidade do pensamento adorniano surge como um verdadeiro tratado metodológico sobre os regimes de reflexão crítica a respeito da arte.
Neste livro, Flo Menezes reúne seus principais textos e retoma a discussão estética sobre a música nova, além de publicar análises inéditas em forma de manuscritos de algumas das principais composições para a cena musical moderna. Os temas estão organizados em três partes: Ensaios, Repetições e Provas, nas quais o autor discorre sobre as vanguardas históricas, a música eletroacústica e sobre algumas de suas obras.