Jair Barboza lança 'O náufrago da existência' no Rio

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segunda-feira, 5 de setembro de 2022

Texto sustenta que filósofo alemão foi transformado por Machado de Assis numa personagem em forma de caricatura, e a sua filosofia, num objeto de carinhosa paródia  


O doutor em Filosofia pela Universidade de São Paulo Jair Barboza lança, o livro O náufrago da existência: Machado de Assis e Arthur Schopenhauer – Caricatura, paródia, tragédia e ética animal, com bate-papo e sessão de autógrafos, na próxima terça-feira, 13 de setembro, das 19h às 22h, na Livraria da Travessa de Ipanema, no Rio de Janeiro.

Sobre o livro

Em dado momento de sua aventura pelos sistemas filosóficos, Machado de Assis encontrou e foi magnetizado pelo pensamento de Arthur Schopenhauer. E com tal intensidade que – como mostra Jair Barboza em O náufrago da existência: Machado de Assis e Arthur Schopenhauer – Caricatura, paródia, tragédia e ética animal, lançamento da Editora Unesp, – “com ele estabeleceu um diálogo que muito agrada espiritualmente”, afirma o autor, ancorado em recente descoberta bibliográfica e detalhado exame conceitual.

“Machado de Assis e Arthur Schopenhauer. Dois gênios da República das Letras que, através de suas possantes fantasia e erudição, criaram belos e bem irrigados vasos comunicantes entre literatura e filosofia”, explica Barboza. “Com efeito, de um lado, aclimatou Machado de Assis complexos conceitos da filosofia a sua ficção; de outro, transplantou Schopenhauer límpidas cenas da literatura na sua metafísica.”

Jair Barboza defende três teses, nas palavras do professor da Universidade Federal da Bahia Kleverton Bacelar: 1) um autor é a soma daquilo que lê com o que vê através da fantasia; 2) a personagem machadiana Quincas Borba filósofo é uma caricatura de Schopenhauer; 3) a esquisita filosofia de Quincas Borba, o Humanitismo, é uma paródia do pessimismo metafísico de Schopenhauer. “Provocadoras, tais teses, que entrelaçam literatura e filosofia, têm um valor intrínseco para a crítica literária mais habituada a transgredir a clivagem dos gêneros de discurso e causam uma surpresa: sua abordagem ensaística revela um autor marcado, ao mesmo tempo, pela leveza e pela profundidade do ensaio como forma. O criterioso tradutor e preciso comentador de Schopenhauer aparece aqui transfigurado, mas sem perder o rigor”, conclui Bacelar.

Este é um livro destinado não só a quem lê, estuda e pesquisa Machado de Assis e Arthur Schopenhauer, mas também a quem se interessa pela especial intersecção entre literatura e filosofia.  

Serviço - Lançamento de O náufrago da existência no Rio de Janeiro

Data: 13 de setembro (terça), das 19h às 22h
Local: Livraria da Travessa - Ipanema
Endereço: Rua Visconde de Pirajá, 572 – Ipanema | Rio de Janeiro (RJ)

Assessoria de Imprensa da Fundação Editora da Unesp
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