Em 7 de abril, comemora-se em todo território nacional o Dia do Jornalista Profissional
Instituída pela Associação Brasileira de Imprensa, a data remete à morte do jornalista, político e médico João Batista Líbero Badaró, assassinado a tiros em 20 de novembro de 1830. Sua contribuição para a imprensa começou com a criação do jornal periódico Observador Constitucional, que denunciava atos ilícitos cometidos pelos governantes. Badaró também é dono de um dos primeiros escritos publicados no Brasil em defesa da liberdade de imprensa, o que incomodava os governantes da época, incluindo D. Pedro I, suspeito de ter mandado matar Badaró. Esse fato, somado ao descontentamento da população pelos atos de repressão do monarca, culminaram no declínio do imperador, que, em 7 de abril de 1831, abdicou seu poder. Uma marca na história da imprensa.
A proximidade da data é uma ótima oportunidade para refletir sobre o papel da imprensa e de seus profissionais na sociedade. Confira a seleção de títulos que abordam o tema.
Imprensa escrita e telejornal
Autor: Juvenal Zanchetta Junior | Páginas: 134 | Preço: R$ 24
Obra que analisa a notícia impressa, o fotojornalismo e a notícia de telejornal. Para tratar desses "gêneros textuais" associados ao jornal impresso e abordar o telejornal, particularmente o Jornal Nacional da Rede Globo de Televisão, o autor se concentra sobre um conjunto de mediadores externos e internos que atuam no atual modo de fazer jornalismo. Sua visão crítica e distanciada desmascara as aparentes objetividade e isenção idealmente características da atividade jornalística. Coloca o papel central ocupado pela imprensa na sociedade contemporânea, num enfoque de "quarto poder" arbitrário, opressor e manipulador da opinião pública e de instrumento redentor da democratização da informação.
Imprensa e cidade
Autores: Ana Luiza Martins e Tania Regina De Luca | Páginas: 136 | Preço R$ 24
Neste livro, as autoras abordam a trajetória das publicações periódicas brasileiras: o surgimento dos primeiros jornais e revistas, as transformações no processo de produção dos impressos, as mudanças em relação à estrutura interna, distribuição e natureza das matérias e dos recursos imagéticos disponíveis, a profissionalização e especialização do jornalista, a crescente segmentação dos periódicos, que se destinam a públicos e setores sociais cada vez mais específicos, sua atuação política e social em momentos decisivos da história do país, os interesses de que se fez (e se faz) porta-voz, os desafios impostos pela mundialização e novas tecnologias, que veem alterando profundamente não só o modo de operar das redações mas também o sentido e o lugar social atribuído à imprensa.
A Gazeta Musical
Autora: Clarissa Lapolla Bomfim Andrade | Páginas: 264 | Preço R$ 52
Quando a imprensa brasileira começava a ganhar seus contornos mais nítidos como espaço público de debate de ideias, uma pequena revista fluminense tomou para si a missão de educar o gosto musical do povo. Para a Gazeta Musical, publicada entre 1891 e 1893 por iniciativa do vendedor de partituras e pianos Fertin de Vasconcellos, o que estava em jogo não era somente o suposto “atraso” artístico do Brasil em relação à Europa – mas sim o futuro e o progresso da nação.
Confira abaixo outros títulos relacionados:
Jornalismo público, de Danilo Rothberg (224 páginas, de R$ 42 por R$ 10)
Os Ferrões, de Demerval da Fonseca e José do Patrocínio; organizado por José Leonardo do Nascimento (321 páginas. de R$ 60 por R$ 20)
Leituras, projetos e (Re)vista(s) do Brasil, de Tania Regina de Luca (376 páginas. de R$ 68 por R$ 20)
Moralizar, propagar e conscientizar, de Alexandre Budaibes (116 páginas, R$ 30)
Biografismo, de Sergio Vilas-Boas (264 páginas, R$ 50)