Historiador Manolo Florentino (Foto: Reprodução/UFRJ)
A Fundação Editora da Unesp (FEU) lamenta o falecimento, aos 63 anos, do historiador e autor da casa Manolo Florentino. Além de prolífico estudioso dos fenômenos relacionados à África e à escravidão no Brasil, Florentino lecionou na Universidade Federal do Rio de Janeiro, presidiu a Casa de Rui Barbosa e escreveu para o jornal Folha de S.Paulo.
"Autor central e corresponsável pela ilustre trajetória da literatura acadêmica sobre a escravidão negra no Brasil, Manolo Florentino nos abandona prematuramente", lamentou o presidente da FEU, Jézio Hernani Bomfim Gutierre."Talvez este seja o pior momento para essa sentida perda, em que surtos racistas e a vaga anti-intelectualista readquirem vigor. Sua obra, contudo, permanecerá viva e atuante, avançando as fronteiras do conhecimento histórico brasileiro e contraditando o obscurantismo persistente."
Pela Editora Unesp, Manolo Florentino publicou Em costas negras: Uma história do tráfico de escravos entre a África e o Rio de Janeiro (séculos XVIII e XIX), A paz das senzalas: Famílias escravas e tráfico atlântico c.1790- c.1850, em coautoria com José Roberto Góes, e Trabalho compulsório e trabalho livre na história do Brasil, em coautoria com Ida Lewkowicz e Horacio Gutiérrez.
O autor esteve presente no Simpósio História Viva do Brasil, promovido pela FEU em 2016, em homenagem à historiadora Emília Viotti da Costa, e proferiu conferência sobre abolição e relações raciais na atualidade, que pode ser assistida aqui.
Pode ser vista a seguir, também, entrevista que Manolo Florentino concedeu ao canal da Editora Unesp no YouTube para comentar o então lançamento de Em costas negras: Uma história do tráfico de escravos entre a África e o Rio de Janeiro (séculos XVIII e XIX).
https://www.youtube.com/watch?v=6kFBIO147L8