Muitos lançamentos e mais de mil títulos em promoção

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quarta-feira, 24 de agosto de 2016

A Editora Unesp participa da 24ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo, que acontece de 26 de agosto a 4 de setembro, no Pavilhão do Anhembi. Para a ocasião, serão lançados vários títulos que abarcam temas da filosofia e história a sociologia e política, contemplando autores clássicos e da cultura contemporânea.

Instalada no estande coletivo da ABEU (Associação Brasileira das Editoras Universitárias), a Editora vai levar mais de mil títulos de outras áreas, como letras, educação, ciências exatas, biológicas e divulgação científica. Tudo isso com 20% de desconto. E, para quem é professor, a redução é de 30%. Basta se identificar no caixa. O estande fica na L049. Confira a seguir os lançamentos: 

Um dos lançamentos que estarão na Bienal é O que é história do conhecimento?, de Peter Burke. O renomado historiador inglês mapeia não apenas as histórias da ciência ou da sociologia dos conhecimento, mas as suas histórias, no plural, desde a invenção da escrita ao uso de mecanismos digitais de busca, passando por centros de aprendizado em Bagdá e Damasco, e as questões e dilemas para armazenar o conhecimento no início da era moderna europeia. Traça as origens e os fundamentos desse novo domínio da ciência histórica, passa pelos processos que transformam informação em conhecimento e conclui discutindo os problemas recorrentes e as perspectivas nesse campo.

Já em Uma história social do morrer, o médico Allan Kellehear justifica seu interesse no morrer porque ao estudá-lo vemos o reflexo do tipo de pessoa que somos. Ou seja, a conduta no morrer revela as forças sutis, íntimas e desapercebidas em nossa vida cotidiana que moldam nossa identidade e individualidade. Essa experiência, simultaneamente complexa e natural, é investigada em um voo panorâmico de 2 milhões de anos, da alvorada da consciência da mortalidade, na Idade da Pedra, à Era Cosmopolita, identificando e descrevendo os padrões típicos do morrer em cada período, com suas características morais e culturais, tensões e contradições.

Neste exame grande-angular da história humana do fim, identifica e descreve os padrões típicos do morrer em cada período histórico, com suas características morais e culturais, as tensões e contradições “que puxam ou empurram o moribundo à medida que ele aspira a criar ou a resistir à morte arquetípica do seu tempo”, assim como a “psicologia social por trás do modo como os morrentes se comportavam” e a responsabilidade social no final da vida.

Ao final do século XIX, alguns sintomas desafiavam o saber racional da medicina. Incapazes de identificar fisicamente o que ocorria com algumas mulheres, estas eram classificadas como histéricas. O quadro só se tornou mais claro quando Freud desbravou um novo campo da ciência médica e propôs uma nova forma de tratamento, a psicoterapia. O professor e psicanalista José Artur Molina, em O que Freud dizia sobre as mulheres, investiga o entorno dessa revolução, que acontece justamente no momento em que o mundo dos homens desaba na antiga Viena, para entender como a modernidade é construída desde a desestruturação da antiga hierarquia entre os sexos.

Em Jusnaturalismo e positivismo político, Norberto Bobbio esmiúça e esclarece os aspectos do direito natural e do direito positivo, eliminando falsas oposições e se contrapondo a toda forma de dogmatismo. Bobbio apresenta sua concepção de filosofia do direito, propondo que se deixe de considerá-la como uma disciplina unitária e que ela seja dividida em várias disciplinas particulares, de acordo com os problemas de que tratam. O livro, reconhecido como um clássico da filosofia do direito, trata da controvérsia entre jusnaturalismo e positivismo jurídico, definindo-os claramente e distinguindo seus diferentes sentidos.  

Casos de confrontos entre marxistas e anarquistas são abundantes. Eventualmente, resgatam-se histórias de colaboração e convergência. Olivier Besancenot e Michael Löwy vão além em Afinidades Revolucionárias: querem, sob o signo da I Internacional, salientar a solidariedade histórica entre militantes anticapitalistas de todas as vertentes. Descrevendo a trajetória dos movimentos sociais da Comuna de Paris aos nossos dias, discutem ecossocialismo, planificação, federalismo, democracia direta e a relação sindicato/partido. Trata-se de uma obra sensível, entremeada pela esperança de que o futuro seja construído com cores vermelhas e negras.

Embora sua definição clássica seja “governo do povo”, a democracia sempre manteve uma relação ambígua com a igualdade. Se na Grécia Antiga imperavam múltiplas exclusões, nos regimes contemporâneos a extensão da cidadania convive com o alcance reduzido da vontade popular, cujas decisões influem menos nos rumos da vida coletiva. Os ensaios organizados por Luis Felipe Miguel, em Desigualdades e democracia, desvelam uma radiografia plural com textos que não só apresentam possíveis enquadramentos das “desigualdades”, mas também propõem uma reflexão abrangente sobre os diversos significados do que se entende por “democracia”.

Confira também os livros que chegarão diretamente na Bienal: 

Nietzsche considerava este livro o melhor já escrito em alemão. Walter Benjamin, um dos maiores livros de prosa de todo o século XIX. Resultado das zelosas anotações diárias e de argutas observações de seu secretário particular Johann Peter Eckermann, Conversações com Goethe nos últimos anos de sua vida 1823-1832 definiu a imagem de Goethe para a posteridade. A imersão no cotidiano do grande poeta em seus últimos nove anos de vida possibilita conhecer melhor tanto o literato quanto a sua época. Entre comentários sobre assuntos variados – literatura, pintura, música, teatro, filosofia, ciências, religião, política –, surgem as frases que se tornariam referências para toda a cultura ocidental. 

A correspondência entre Adolfo Casais Monteiro e Ribeiro Couto marca o início de uma nova fase nasrelações entre escritores portugueses e brasileiros. As cartas acompanham a introdução dos autores brasileiros em Portugal e a publicação dos ensaios de Monteiro sobre a poesia de Couto, Manuel Bandeira e Jorge de Lima. Correspondência - Casais Monteiro e Ribeiro Couto mostra ainda, por exemplo, a cumplicidade deles em momentos difíceis, como quando Monteiro foi preso, a sua indicação pelo brasileiro para lecionar, o desentendimento entre os amigos em meados dos anos 1940 e a posterior reaproximação.

Em suas histórias independentes, Brasil e Argentina nutriram uma rivalidade notada na persistente competição pela preponderância regional.  Diplomacia e defesa na gestão Fernando Henrique Cardoso (1995-2002)  busca compreender essa relação no campo da Defesa durante os dois mandatos do presidente Fernando Henrique Cardoso (1995-2002), refletindo sobre as condicionantes históricas e circunstanciais. Érica Cristina Alexandre Winand faz um panorama histórico da competição e seus reflexos, aborda as percepções brasileiras sobre colaboração regional para se relacionar com a Argentina e discute as particularidades da dinâmica decisória de nossa política externa.

Linhas cruzadas sobre as relações entre os Estados Unidos e a Alemanha, de Sebastião C. Velasco e Cruz, é uma coletânea que trata das relações que há muito vinculam os dois países. O autor reflete sobre a peculiaridade das imbricações entre os países, procurando entender os elementos que atuaram no passado e que possam ainda estar agindo para transformar o futuro desse relacionamento. Isso permite uma compreensão mais profunda dos pontos em que essas duas nações se tangenciam e se distanciam no cenário mundial. A obra, amparada em rica e vasta bibliografia, preenche a lacuna de estudos e propõe-se a abrir portas para trabalhos posteriores sobre a relação entre alemães e estadunidenses.

Em O ofício alheio, reunião de textos publicados esparsamente entre 1964 e 1984, o químico, escritor e testemunha do Holocausto Primo Levi faz “incursões nos ofícios alheios, caça ilegal em zonas proibidas”, transitando pela zoologia, astronomia, a literatura e pelas ciências naturais. Revelando-se o mais caprichoso dos botânicos, dos zoólogos e dos linguistas, também fala dos autores que lhe são caros, explica-nos por que escreve e reflete sobre a ligação entre o mundo natural e o cultural. E termina por nos oferecer uma forma oblíqua – mas preciosa – de autobiografia. Com prefácio de Italo Calvino e nota biográfica de Ernesto Ferrero.

Assessoria de Imprensa da Fundação Editora da Unesp