Práticas alternativas ou complementares de medicina têm sido amplamente discutidas nos últimos anos. Ainda que suscitem muita polêmica, esses métodos de cura são cada vez mais procurados, reconhecidos e valorizados pela população do Ocidente.
O tratamento homeopático foi criado pelo médico alemão Samuel Hahnemann, em 1796. Neste método, os medicamentos são diluídos sucessivamente e preparados a partir de substâncias extraídas da natureza, dos reinos vegetal, mineral ou animal.
Em 21 de novembro comemora-se o Dia Nacional da Homeopatia. Foi nesta data, em 1840, que o homeopata francês Benoit Jules Mure chega ao Brasil. Ele foi o responsável por trazer a prática ao país e pela criação, em 1942, do Instituto Homeopático do Saí, localizado na Península do Saí, em Itapoá, Santa Catarina. O local foi o primeiro a tratar pacientes com técnicas homeopáticas no Brasil.
Saiba mais sobre os títulos da Editora Unesp que abordam temas como tratamentos complementares e alternativos de saúde.
Medicinas complementares: o que é necessário saber (Homeopatia e medicina tradicional chinesa/acupuntura) (232 páginas, R$ 24), organizado pelo médico Charles Dalcanale Tesser, faz uma análise sobre os significados sociais, culturais, filosóficos e políticos dessas inúmeras técnicas de tratamento e cura.
Homeopatia e medicina tradicional chinesa – em especial a acupuntura – recebem destaque nesta obra, devido à penetração e ao reconhecimento que adquiriram no Brasil. Mas a investigação dos autores recobre um amplo espectro de classificações, conceitos e práticas, bem como os desafios de sua validação científica. Admite-se, entretanto, um movimento crescente de valorização da medicina complementar, tanto pela população em geral quanto pelos ambientes acadêmicos e de pesquisa científica. As pesquisas sobre tratamentos alternativos ou complementares aumentam rapidamente entre médicos e biomédicos. Instituições mundiais de saúde pública, como a Organização Mundial de Saúde (OMS), desde 1970 reconhecem a importância dessas práticas, incentivando estudos sobre elas nos mais diversos países.
A obra é voltada a profissionais de saúde, estudantes e aos cidadãos em geral interessados em conhecer e refletir sobre as transformações pelas quais as práticas ocidentais da medicina vêm passando em busca de tratamentos menos generalistas e impessoais, e ainda assim eficazes. Em uma linguagem clara e objetiva, apresenta um conjunto de informações sobre a medicina complementar e os efeitos surtidos em pessoas a ela submetidas, contribuindo para a construção de bases científicas para os saberes e técnicas culturais.
Já em Da alquimia à homeopatia (99 páginas, R$ 24), o médico homeopata Renan Ruiz recua no tempo e analisa os conceitos de matéria e as técnicas de manipulação dos metais dos famosos alquimistas árabes, os conceitos de elixir e quinta essência. Esses temas "alquímico-médicos" guardam um paralelo com a elaboração dos medicamentos homeopáticos de Samuel Hahnemann, por meio da trituração das substâncias. De forma inédita, o autor consegue evidenciar os pressupostos de Hahnemann na montagem da teoria da dinamização dos medicamentos homeopáticos.