O escritor modernista Oswald de Andrade
(Foto: Acervo da família de Oswald de Andrade)
"Em 1920, o escritor Oswald de Andrade, então com 30 anos, tinha um objetivo claro: atuar, por meio de sua escrita, na crítica ao passadismo (ou seja, o parnasianismo, simbolismo e regionalismo que ainda vigoravam na época) e na defesa de uma nova estética, que se consolidaria na Semana de Arte Moderna, dois anos depois. Às vésperas do centenário da Independência, Oswald figurava em um grupo determinado a promover também uma ruptura artística", anota o editor Ubiratan Brasil, em reportagem publicada pelo Estadão para tratar de Arte do Centenário e outros escritos, lançamento da Editora Unesp, com publicações do autor de O Rei da Vela, grande parte inéditas em livro, organizadas pela pesquisadora Gênese Andrade.
O livro reúne 18 textos escritos por Oswald de Andrade entre 1920 e 1922, publicados no Jornal do Commercio, no Correio Paulistano e na revista A Rajada, além de uma entrevista à Gazeta de Notícias. “A entrevista, concedida em outubro de 1921, no contexto da viagem ao Rio de Janeiro, na companhia de Mário de Andrade e Armando Pamplona, é inédita em livro e praticamente desconhecida, não mencionada nas principais obras sobre o Modernismo ou sobre Oswald de Andrade”, ressalta a organizadora da obra, Gênese Andrade. “O artigo ‘Brecheret’, publicado em 1920 na revista carioca A Rajada, também é desconhecido e foi localizado pelo pesquisador Thiago Gil Virava, que colabora nesta obra com um instigante ensaio sobre as relações entre Brecheret e Oswald antes de 1922. Sobre essa revista, também não há estudos nem muitas informações nas principais publicações sobre o período, nem mesmo naquelas que abordam os periódicos do início do século XX.”
Leia a resenha na íntegra aqui (Estadão, apenas para assinantes) ou aqui (reprodução no jornal Zero Hora, aberto para não assinantes).