segunda-feira, 17 de agosto de 2020
O perfil no Instagram @jeanpaulsartreengagement resenhou a obra Sartre no Brasil – 3ª edição: A conferência de Araraquara. A famosa Conferência de Araraquara ganhou destaque no panorama do pensamento brasileiro de então: nomes maiúsculos da intelligentsia nacional acompanharam uma palestra que não desmereceu o auditório e constituiu instante significativo da obra sartreana.
Confira a resenha abaixo:
"Em A Conferência de Araraquara, Jean-Paul Sartre nos esclarece logo de início uma articulação da filosofia com a história ao abordar senão a filosofia marxista, as ressonâncias ideológico-matérias que a perfazem a partir de uma época da qual é a expressão e que condiciona os homens. Por isso, uma vez que a época ainda se edifica sobre a exploração, cujo sistema produz um homem alienado - ainda que primeiramente esse homem seja livre, na visão sartriana - a filosofia de Marx, diz Sartre, é insuperável enquanto permanecer o fato da exploração e o sistema econômico que constrange o homem igualmente subsistir. Outro ponto da palestra é a ideia de uma realização da Filosofia ao final da história (ideia mais hegeliana, para Sartre), bem como do papel do filósofo, da filosofia e da prática em situação que nos remete até "O ser e o nada" (1943), com o seu conceito de situação, assim como à vulgarização do existencialismo presente na Conferência de 1944. Curioso até porque "A Conferência de Araraquara" é de 1960 e Sartre acabara de publicar a Crítica da razão dialética (1960) antes de vir para o Brasil."
Leia a resenha na íntegra aqui e acompanhe também o Instagram da Editora Unesp.
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