Roger Penrose desafia a inteligência artificial em livro sobre a consciência

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segunda-feira, 29 de maio de 2023

Nobel de Física explora a relação entre a mecânica quântica e a consciência humana,
questionando os limites da inteligência artificial  


Os avanços tecnológicos têm levado a inteligência artificial a novos patamares, incluindo as artes visuais e a escrita criativa. Porém, Sir Roger Penrose tem uma visão diferente sobre o assunto. Ele acredita que as máquinas não podem reproduzir todas as funções da mente humana, contrariando essa tendência. Em A mente nova do imperador: Sobre computadores, mentes e as leis da física, best-seller que chega aos leitores brasileiros pelas mãos da Editora Unesp, o Nobel de Física apresenta sua fascinante linha de raciocínio sobre questões fundamentais, como o significado de pensar e sentir, o que é a consciência e se é possível explicar a mente humana por meio das leis da física. Ele usa princípios básicos da física, da cosmologia, da matemática e da filosofia para tentar responder essas perguntas.

“Muitos matemáticos e físicos de grande estatura acham complexo, se não impossível, escrever um livro que leigos possam entender”, anota, no prefácio, Martin Gardner. “Até este ano poderíamos supor que Roger Penrose, um dos físicos matemáticos com maior conhecimento e criatividade do mundo, pertencia a esse grupo. Aqueles de nós que havíamos lido seus artigos não técnicos e suas notas de aula sabíamos que não era esse o caso. Ainda assim, foi uma grata surpresa ver que Penrose havia dedicado um tempo em meio de seus afazeres para produzir um livro maravilhoso para o leitor leigo informado. É um livro que eu acredito que se tornará um clássico. Ainda que os capítulos escritos por Penrose percorram searas vastas, indo desde a teoria da relatividade à mecânica quântica e à cosmologia, suas preocupações centrais são com o que os filósofos chamam de ‘problema mente-corpo’.”

Ele explica conceitos complexos como máquinas de Turing, mecânica quântica, sistemas formais, espaços de fase, buracos negros, buracos brancos, radiação de Hawking, entre outros. Na obra, o autor defende que Albert Einstein estava certo em sua suspeita de que a mecânica quântica estava incompleta e que o mistério da consciência está no meio-termo entre a física quântica e a física clássica. E, apesar da complexidade dos temas, o autor constrói um arcabouço conceitual acessível e fornece o aparato necessário para que o leitor possa compreender o debate acerca dos limites entre o “pensar” natural e o artificial.

“O livro escrito por Penrose é a investida mais poderosa já escrita contra a IA forte. Objeções têm sido levantadas nos últimos séculos contra a afirmação reducionista de que a mente é uma máquina operada pelas leis conhecidas da física, mas a ofensiva de Penrose é mais persuasiva, pois ela bebe de fontes de informação que não estavam previamente disponíveis para os objetores. O livro revela que Penrose é mais que um físico matemático. Ele também é um filósofo de primeira linha, sem medo de tratar de problemas que os filósofos contemporâneos tendem a considerar sem significado”, resume Garnder. A mente nova do imperador é uma leitura obrigatória para aqueles que buscam respostas sobre o mistério da consciência e desejam participar desse importante debate.

Sobre o autor – Roger Penrose é Rouse Ball Professor of Mathematics na University of Oxford. Em 1988, recebeu o Prêmio Wolf de Física, compartilhado com Stephen Hawking, por sua contribuição conjunta para a nossa compreensão do universo, e em 2020 foi laureado com o Prêmio Nobel de Física. Dele, a Editora Unesp publicou Sombras da mente: Uma busca pela ciência perdida da consciência, em 2021, e O grande, o pequeno e a mente humana, em 2003.  

Título: A mente nova do imperador: Sobre computadores, mentes e as leis da física
Autor: Roger Penrose
Tradução: Gabriel Cozzella
Número de páginas: 608
Formato: 16 x 23 cm
Preço: R$ 128
ISBN: 978-65-5711-140-6  

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