Raymond Williams (1921-1988) completaria 95 anos em 31 de agosto. O teórico, que lecionou na Universidade de Cambridge, foi um dos fundadores da corrente Estudos Culturais.
Nascido no País de Gales, Raymond Williams passou a infância no contexto da crise econômica entre as duas guerras mundiais, que atingiu profundamente a economia local, principalmente a dos pequenos proprietários agrícolas. Williams cresceu numa família socialista e desde cedo esteve ligado ao movimento dos trabalhadores.
Escreveu sobre política, cultura, mídia e literatura, bem como roteiros e romances. De sua autoria, a Editora Unesp publicou os seguintes títulos:
Recursos da esperança
Cultura, democracia, socialismo
Páginas: 528 | R$ 88,00
Um dos principais méritos desta coletânea é cobrir o período mais intenso da produção de Raymond Williams, reunindo palestras e textos veiculados entre as décadas de 1950 e 1980. Dividida em sete partes, a obra apresenta as preocupações fundamentais do intelectual britânico, sempre marcadas pelo vínculo inquebrantável entre cultura e política.
A política e as letras
Entrevistas da New Left Review
Páginas: 480 | R$ 78,00
O conjunto de entrevistas reunidas nesta obra apresenta ao leitor um Raymond Williams pouco conhecido do público brasileiro. Gestado com o intuito de discutir sistematicamente o pensamento do intelectual britânico, este livro propõe uma rara reflexão biográfica em que trajetória pessoal e reconstruções teóricas se conformam em um instigante debate sobre a própria atividade intelectual.
Cultura e materialismo
Páginas: 408 | R$ 66,00
Esta coletânea reúne 14 textos de um dos mais notáveis pensadores do século XX. Escritos durante pouco mais de 20 anos de produção, entre 1958 e 1980, estes ensaios conformam uma abrangente introdução ao trabalho de Raymond Williams, bem como apresentam para estudiosos as bases de suas principais formulações.
Política do modernismo
Contra os novos conformistas
Páginas: 328 | R$ 58,00
Esta compilação de artigos sobre crítica da cultura analisa o modernismo, das origens ao colapso, evidenciado pelo modo como a arte moderna teria sido enfim cooptada pelo capitalismo. O autor, porém, acena para as possibilidades de mudança do panorama, ao avistar no horizonte oportunidades de ascensão de novas formas de cultura.
A produção social da escrita
Páginas: 368 | R$ 62,00
O volume reúne quase duas décadas de reflexões de Williams, coligindo palestras e ensaios realizados entre 1964 e 1983. Seus trabalhos examinam estilos literários e autores específicos: a forma dramática e a linguagem de Racine e Shakespeare; a ficção inglesa em 1848; David Hume, Charles Dickens e a transformação da prosa inglesa. Inclui, ainda, ensaios sobre a tradição dos estudos literários em Cambridge e sobre o papel da região e da classe no romance.