Análise das mudanças ocorridas na vida econômica e social de São Paulo ao longo dos últimos vinte anos. Esta coletânea é o resultado do seminário "Interiorização do desenvolvimento", realizado em 1987, que reuniu pesquisadores e diretores de órgãos públicos e centros de pesquisas. Trata-se de um esforço de compreensão do complexo processo que transformou o interior paulista no segundo pólo econômico do Brasil.
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Em O ‘milagre alemão’ e o desenvolvimento do Brasil, Luiz Alberto Moniz Bandeira demonstra como a emergência da Alemanha, como potência industrial, possibilitou ao Brasil maior capacidade de negociação vis-à-vis dos Estados Unidos, na medida em que constituiu não só uma opção de comércio, mas, igualmente, uma fonte de investimentos e de tecnologia. Apesar de devastada na Segunda Guerra Mundial, a Alemanha Ocidental logo se recuperou e, em pleno boom econômico, destinou, de 1952 até o curso dos anos 1960, a maior parte de seus investimentos ao Brasil, porque não podia fazê-lo nos países comunistas do Leste Europeu e temia uma guerra atômica na Europa.
Em Renascimento do acontecimento, François Dosse empreende um estudo epistemológico a fim de reabilitar a noção de “acontecimento” na historiografia. Em diálogo com o crescente interesse pelos fenômenos singulares, por parte das ciências humanas, o autor propõe uma nova interpretação desse conceito, entendendo-o não mais de modo restritivo, e sim a partir da constatação de seu caráter enigmático e indefinido.
Festa de negro em devoção de branco: do carnaval na procissão ao teatro no círio demonstra, alicerçado em uma minuciosa pesquisa histórica, como a cultura africana, levada a Portugal pelos negros escravos, influenciou e foi influenciada no contato com a cultura católica lusitana. José Ramos Tinhorão nos mostra como esse encontro de diferentes, ainda que pautado em interesses políticos e religiosos, resultou na expressão de uma nova identidade cultural – uma festa de iguais.
Este livro mostra o papel decisivo do poder público para desenhar o desenvolvimento dos Estados Unidos. A ação dos estados e governos locais promoveu a construção de infraestrutura na primeira metade do século XIX – e o país foi mudando de cara.
“Uma das mais duradouras questões metodológicas da antropologia é: como manter, na mesma visão, o que são claramente construtos culturais e históricos e o que são, evidentemente, generalidades sobre a existência social? O truque consiste em especificar um sem diminuir o outro.” Em resposta a esse enigma antropológico, Parentesco, direito e o inesperado parte de uma questão central nos estudos de sociedade: a maneira como usamos as relações humanas, em especial aquelas que ocorrem na família e nos meios adjacentes a ela, para desvelar os próprios relacionamentos.