Trabalho que desvela os ideais que regulam a atuação das universidades norte-americanas, levando o autor a desenvolver um sistema de classificação dos modelos de universidade, tais como: santuário do saber, campo de treinamento para as profissões liberais, agência de prestação de serviço social e linha de montagem para o homem do sistema. Delineia-se, além disso, toda uma discussão a respeito das práticas correntes nas universidades norte-americanas.
Robert Paul Wolff, professor de Filosofia de algumas das mais prestigiosas escolas de seu país, é conhecido pelos livros A Miséria do Liberalismo e Crítica da Tolerância Pura e se alinha entre os chamados pensadores radicais norte-americanos.
Resultado de uma reflexão madura, este trabalho destaca-se pelo seu caráter crítico. Apresenta respostas concretas às grandes questões levantadas: o destino da universidade, a universidade prisioneira, a educação da universidade brasileira, a universidade para a crise, a universidade tridimensional, a invenção da universidade e um dicionário da crise universitária, com uma atenção especial à questão da ética na universidade.
Charle & Verger apresentam um estudo da história das universidades que abrange desde o seu nascimento na alta Idade Média até o período atual. Isso lhes permite analisar o período revolucionário do século XVIII, as transformações das universidades pelo impacto do desenvolvimento científico do século XIX e as mudanças que vieram após a Segunda Guerra Mundial. Sem nunca perder de vista a correlação dessa história com o desenvolvimento econômico, político e social, o estudo de Charle & Verger utiliza a reconstrução dessa trajetória para pensar os caminhos da universidade contemporânea.
O ponto de partida desta obra é o sistema universitário e a organização da pesquisa na França, mas a análise e as reflexões transcendem aquela situação particular para tornarem-se universais. A discussão das relações entre o ensino e a pesquisa, o carreirismo universitário ou certos "mitos" acadêmicos, por exemplo, parecem ter presente a própria Universidade brasileira. Este trabalho de Kourganoff é um lúcido, sugestivo e corajoso texto de referência.
Uma das mais brilhantes intelectuais brasileiras, Marilena Chauí discute em diversos ensaios a questão da universidade pública no Brasil. Temas como o da autonomia universitária cedendo lugar à universidade administrada nos moldes das grandes empresas privadas, a consequente confusão de critérios na avaliação de sua produtividade e a recente questão dos professores ditos improdutivos da Universidade de São Paulo são tratados pela autora de forma combativa nesta obra.
Este livro reúne artigos publicados no Proleitura, jornal que circulou de junho de 1992 a fevereiro de 200, realizado por uma equipe fixa constituída de professores da UNESP ( Assis-SP), UEM (Maringá-PR), UEL (Londrina) e UFMS (Três Lagoas-MS), bem como por destacados colaboradores eventuais. Sempre primado por um cuidado editorial rigoroso, que permitiu fosse lido com prazer e proveito, seja pelos trabalhos de cunho teórico, relacionados aos avanços dos estudos lingüísticos e literários, seja pelos estudos ligados diretamente à aplicação em sala de aula, seja ainda pelas relevantes indicações de leituras e resenhas de obras de variada natureza, presentes em sua páginas, o Proleitura representou uma importante referência para todos quantos se dedicam ao ensino de língua e literatura. Com esta relação de textos, espera-se possibilitar aos leitores continuar desfrutando, se um modo mais acessível e permanente, das idéias veiculadas noProleitura, contribuindo com sua reflexão para o desenvolvimento dos estudos da área e, principalmente, fazendo chegar à sala de aula alguns avanços dos últimos anos.