Livro no qual Rosen apresenta uma sistematização da história da saúde pública. O autor distingue três grandes períodos: o pré-capitalista, o período revolucionário e o chamado período moderno. A modernidade em saúde pública seria caracterizada pelo desenvolvimento da sociedade dos cidadãos, que passa a exigir a institucionalização e a pluralização das ações neste campo, como resultado da complexidade social inerente ao desenvolvimento do capitalismo.
Autor deste livro.
Caio Prado Junior, historiador, geógrafo, filósofo marxista, homem de cultura e de ação, tem, nesta coletânea, sua obra resgatada, revista e analisada por numerosos especialistas preocupados em destacar a efetiva contribuição deste intelectual para a cultura brasileira.
Este trabalho centra-se no estudo das políticas públicas de saúde de São Paulo na Primeira República, mas acaba por taçar um amplo painel em que se destacam fatos como a imigração e o advento do Mercado do Trabalho Livre, o crescimento populacional e as condições reais de existência do homem comum, marcada pela miséria, pela promiscuidade e pela falta de saneamento básico.
A raiva é um capítulo fascinante na história da ciência e da medicina e é uma doença que acompanha a humanidade desde a Antiguidade. Neste livro, as autoras relatam a história da raiva no Brasil e, durante esse estudo, muitas dúvidas surgiram e as guiaram durante a pesquisa. Os indígenas brasileiros já conheciam a raiva? Como essa doença era vista e tratada nessas culturas? Qual a importância dessa infecção e como era tratada no período colonial e imperial brasileiro? Quais animais estavam envolvidos no ciclo epidemiológico? Os morcegos já eram reservatórios do vírus da raiva quando os europeus chegaram ao Brasil ou a doença foi introduzida pela colonização? Algumas respostas a essas questões foram obtidas em relatos de naturalistas durante viagens por terras brasileiras, revistas médicas, jornais, leis e outras publicações da época em que a doença ainda era chamada de hidrofobia. Nesta obra também são reproduzidas as descrições de receitas milagrosas e os procedimentos curiosos que prometiam a cura da infecção. Este livro dedica especial atenção à história dos Institutos Pasteur no Brasil, das instituições de pesquisa e executoras das medidas de controle da raiva país. Além disso, apresenta a ocorrência e a evolução do conhecimento sobre a doença no mundo e no Brasil ao longo dos séculos e descreve sua situação atual.
Tendo como tema a Cultura Histórica, esta coletânea de textos de historiadores e pesquisadores dos mais importantes centros universitários do país procura aglutinar o conjunto de preocupações que envolvem o debate teórico da investigação histórica, neste final de século. A primeira parte discute as crises e as mudanças de paradigmas que vêm ocorrendo não apenas na história, mas em praticamente todas as ciências humanas e se aprofunda na questão de seus fundamentos epistemológicos. A segunda reúne trabalhos pontuais - exercícios de historiografia - que nos permitem observar como as questões teóricas antes levantadas se desdobram concretamente. Trata-se de um livro informativo e esclarecedor, que nos oferece uma descrição qualificada das grandes linhas teóricas da historiografia contemporânea e um panorama bastante significativo de como os historiadores brasileiros se posicionam em relação a eles.
Os Tuyuka fazem parte de um extenso sistema social situado no noroeste da Amazônia. Falantes de uma das línguas Tukano Orientais, convivem aí com seus parentes e aliados, com outros povos de origem Aruak e Maku e, mais recentemente, com brasileiros e colombianos – porque estão habitando nessa fronteira. Este livro trata das relações dos Tuyuka entre si e com os outros. De suas origens na Cobra Canoa, as malocas nas quais foram se transformando, seus nomes e cerimônias, os rios que percorreram e nos quais continuam navegando – essa etnografia percorreu alguns desses caminhos e seus sentidos.