Esta coletânea de artigos de especialistas de várias áreas (literatura, história, filosofia, sociologia), como Octavio Ianni, Fábio Lucas e Marcelo Ridenti, entre outros, discute como a produção literária, com suas pecualiaridades, pode fornecer elementos e subsídios para o conhecimento da estrutura e dinâmica da sociedade brasileira.
Autor deste livro.
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Para o filósofo Jean-Paul Sartre, a literatura redescobre a sua função na sociedade quando a sua percepção da realidade passa a ser constituída pela consciência da historicidade. Isso significa um mergulho brutal na atualidade de cada um. A prática literária é então entendida como uma "ação na história", ou seja, uma síntese entre o irredutível e o relativo; e entre "o absoluto moral e metafísico" e a contingência histórica. Neste livro, o filósofo Franklin Leopoldo e Silva mostra por que, para o pensador francês, a tarefa ética da literatura é construir a mediação necessária para que o homem tome consciência de sua alienação. Portanto, escrever é agir, pois significa comprometer-ser com uma ação social conreta e prática, não se limitando apenas a uma atitude de contemplação do mundo.
Em 1998, o Conselho de Reforma do Estado, órgão assessor da presidência da República formado por membros da sociedade civil sem vínculos com o Estado, se associou ao Ministério da Administração Federal e Reforma do Estado na realização do seminário "Reforma do Estado e Sociedade". São as contribuições a esse seminário, revistas e parcialmente editadas, que compõem este livro. Nele, os organizadores e outros especialistas brasileiros, como Fátima Pacheco Jordão e Gilberto Dupas, se unem a estrangeiros de peso, a exemplo de Adam Przeworski, Boaventura de Sousa Santos e Manuel Castells, para aprofundar o estudo as relações entre Estado e sociedade num momento em que tais relações mudam de natureza em razão do avanço da democracia em todo o mundo. Pois, quando isso acontece, como afirmam no Prefácio os organizadores, "cresce o papel da sociedade civil, que deixa de ser apenas o objeto de regulação do Estado para ser também o agente de sua reforma”.
É bem conhecida a afirmação de Dostoiévski sobre os poderes relativos da literatura e da psicologia. Para ele, um psicólogo jamais alcançaria a eficácia do escritor: é na literatura que encontramos um retrato acurado da mente. Mas mesmo para aqueles que reivindicam superioridade para um desses dois polos uma coisa é certa: psicologia e literatura partilham uma ampla fronteira e guardam inter-relações significativas. Essa convivência ao mesmo tempo conflituosa e complementar é estudada por Dante Moreira Leite em vários de seus ângulos. Neste conhecido e influente ensaio, ênfase particular é dada à questão da criatividade, à avaliação de vertentes psicologistas (junguiana, psicanalítica etc.) da análise literária e aos processos psicológicos associados à leitura e ao autor.
Este livro analisa uma parte da história do Jardim América, que se inicia com o primeiro projeto proposto pelo escritório dos urbanistas Raymond Unwin e Barry Parker na Inglaterra e vai até o processo de seu tombamento como patrimônio paisagístico na cidade de São Paulo.
Desde sua tese de doutorado, Da fronteira do asfalto aos caminhos da liberdade, a questão da predominância da capital angolana na literatura desse país africano tem estado no centro das preocupações do trabalho de Tania Macêdo e tem sido objeto de vários textos que buscaram dar conta do "mundo rico de sugestões" que é a Luanda da escrita. E a esse mundo a autora retorna neste livro em que apresenta, organizado sob a forma de um texto único, o resultado de reflexões levadas a efeito desde os anos 1990, com uma nova redação e uma nova perspectiva.