“Pai da filosofia moderna”, Descartes (1596 - 1650) tem merecido toda a admiração que um pai recebe. E todo o ressentimento. A dualidade mente-corpo pode ser o ponto de partida para o entendimento de nossa relação com o mundo. Cottingham dá algumas pistas de como tais obstáculos podem ser superados e mostra que muitos problemas e talvez muitas soluções começam em Descartes.
John Cottingham é professor de filosofia na Universidade de Reading (Inglaterra) e editor da Ratio, revista acadêmica internacional de filosofia analítica. É coautor de The Philosophical Writings of Descartes (1985-1991), autor de Rationalism (1984), Descartes (1986), The Rationalists (Oxford History of Western Philoshophy, 1988), A Descartes Dictionary (1993) e organizador de The Cambridge Companion to Descartes (1992) e Western Philosophy, an Anthology (1996).
Sócrates (469 - 399 a.C.) propunha a educação como autodescoberta, a filosofia como preparação para a vida. Condenado à morte sob a acusação de corromper os jovens, suas doutrinas alcançaram uma posteridade que, após 25 séculos, o incorpora como mestre de todos os tempos. Gottlieb nos cativa como pensamento daquele que é considerado o pai fundador da filosofia ocidental.
Ao investigarem “a morte do autor” e a falência da linguagem, os críticos dão com a arma do crime com as impressões digitais de Derrida (1930 - 2004). Nenhum outro filósofo levantou tanta suspeita ou foi tão desafortunadamente desfigurado. Johnson nos mostra que “desconstrução” não significa “destruição” e que em Derrida se pode conhecer o que há de mais relevante sobre nosso tempo.
O moralista que defendia a elegância, o asceta que apreciava pequenas apostas, o devoto cristão que tinha a efemeridade em alta conta. Pascal é um filósofo mais engraçado e mais irônico do que sua reputação como um existencialista angustiado sugeria. Ainda que os termos de seu irônico projeto sejam irreverentes, seu ímpeto implícito é tão sério quanto profundo. Nesta fantástica introdução a este pensador e seu pensamento, Ben Rogers demonstra a profunda sabedoria presente na defesa pascaliana da loucura do povo - uma defesa de que ele lançava mão a fim de enfatizar os ainda maiores delírios do indivíduo de educação sofisticada.
Citado na Renascença como “o filósofo risonho” e em nossa época como o “profeta de Quark”, Demócrito (460 - 370 a.C.) é pouco conhecido no decorrer da moderna tradição filosófica. É notável por suas investigações para muito além da Física e da Química, até a exploração da ciência da existência como um todo, como deixa ver esta instigante introdução de Cartledge.
Neste volume, Hans Ulrich Gumbrecht se dedica a figuras centrais das humanidades do século XX, perfilando pensadores que encabeçaram importantes tendências da história recente da filosofia – teoria crítica, estruturalismo, desconstrução, pós-historicismo, entre outras – com quem conviveu ou a quem encontrou pessoalmente ao menos uma vez.