Percursos históricos e historiográficos de São Paulo
Coletânea de ensaios que procuram abordar os múltiplos aspectos do processo de formação da identidade paulista. Dividida em duas partes, a primeira visa dar conta das representações e dos processos que produziram as bases para a consolidação de tal especificidade paulista. Já na segunda, encontramos a análise das características da vida cultural de São Paulo a partir da década de 1920: marco na redefinição da dinâmica cultural do Estado. O Teatro de Arena, o cinema da Boca do Lixo, o modernismo nas artes plásticas, a idéia de São Paulo como locomotiva do Brasil, o espírito bandeirante: esses são apenas alguns dos temas presentes na coletânea.
Antonio Celso Ferreira é doutor em História Social pela Unesp e leciona no curso de História da Unesp, câmpus de Assis.
Tania Regina de Luca é graduada em História (1981), mestre em História Social (1989) e doutora em História Social pela Universidade de São Paulo (1996). É professora livre-docente em História do Brasil Republicano (2009) pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp). Foi editora da Revista Brasileira de História (ANPUH, 1999-2001) e da revista História (Programas de Pós-Graduação em História da Unesp/Assis e Franca). Atua principalmente nos seguintes temas: historiografia, história social da cultura, história da imprensa, história dos intelectuais, construção dos discursos em torno da nação e do nacionalismo. Entre outras obras, publicou A Revista do Brasil – Um diagnóstico para a (N)ação (Editora Unesp, 1999) e Leituras, projetos e (re)vista(s) do Brasil (1916-1944) (Editora Unesp, 2011).
Zilda Márcia Grícoli Iokoi é professora titular do Departamento de História da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo. Sua pesquisa, na área de História dos Movimentos e das Relações Sociais, tem como temas principais educação, lutas camponesas, políticas públicas, imigração contemporânea, humanidades, direitos e outras legitimidades. Atualmente coordena o Diversitas – Núcleo de Estudos das Diversidades, Intolerâncias e Conflitos e o Programa de Pós-Graduação Humanidades, Direitos e Outras Legitimidades.
Este livro trata de uma das mais importantes publicações brasileiras do início do século, de sua origem em 1916 até o fim de sua fase principal em 1925. A autora analisa A Revista do Brasil não apenas como fato editorial, mas como veículo de divulgação das propostas da intelectualidade no período, cuja influência foi decisiva na determinação dos rumos da construção nacional.
Ao ensejo do ano da França no Brasil, este livro reúne artigos que analisam a presença de imigrantes franceses em território brasileiro. Ao trabalhar extensivamente questões relativas às modalidades de instalação, inserção profissional e social, torna-se elemento precioso e inédito no campo de pesquisa da emigração/imigração francesa no Brasil nos séculos XIX e XX.
Responde a uma complexa indagação: o que é ser paulista? Para isso, estuda a obra dos letrados paulistas entre 1870 e 1940. Relaciona literatura e história, mostrando que os intelectuais do Estado, no período enfocado, buscaram a criação de uma identidade regional. As principais fontes consultadas foram o Almanach Literario de São Paulo e matérias contidas na Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, além de romances, novelas, contos e outras narrativas. Foram analisados, entre outros autores, Júlio Ribeiro, Valdomiro Silveira, Menotti del Picchia e Guilherme de Almeida.
O livro aborda a trajetória das publicações periódicas brasileiras: o surgimento dos primeiros jornais e revistas, as transformações no processo dfe produção dos impressos e em sua estrutura interna, a distribuição e a natureza das matérias e dos recursos imagéticos disponíveis, a profissionalização e a especialização do jornalista, a segmentação dos periódicos, sua atuação política e social em momentos decisivos da história do país, os interesses de que se fez (e se faz) porta-voz, os desafios impostos pela mundialização e as novas tecnologias.
Onze anos depois da Semana de Arte Moderna de 22, Oswald começa a pôr em prática o projeto de uma série de romances intitulada Marco zero, no qual procuraria retratar o Brasil que estava surgindo a partir de 1930. Nem todos os volumes programados foram escritos e a crítica sempre considerou o resultado como de valor menor por seu excesso de engajamento político. Antonio Celso Ferreira procura desfazer essa interpretação pela leitura atenta de historiador sintonizado com a evolução da literatura brasileira.