Trabalho contemplado com o 3º Prêmio Brasileiro "Política e Planejamento Urbano e Regional" - ANPUR, como melhor tese de doutorado defendida entre janeiro de 2002 e janeiro de 2003, agora transformado em livro. Aborda temas como: promoção do desenvolvimento econômico, participação do setor privado na gestão de serviços e equipamentos públicos, consenso social em torno de prioridades estratégicas de investimentos e a introdução de uma racionalidade empresarial na administração dos negócios públicos. Em relação profunda com o debate intelectual sobre o futuro das metrópoles, revela os meandros de uma corrente de pensamento que transforma cidades em "empresas"; equipamentos, serviços e trabalhadores em "mercadorias"; e o relacionamento entre o público e o privado em, simplesmente, "competitividade".
Rose Compans é arquiteta-urbanista, com doutorado e mestrado em Planejamento Urbano e Regional pelo IPPUR-UFRJ. Tem diversos trabalhos publicados em livros e revistas científicas, entre os quais O Paradigma das Global Cities nas Estratégias de Desenvolvimento Local, premiado no VII Encontro Nacional da Anpur.
Este livro discute o conceito de espaço sob diversas perspectivas, concluindo que a especificidade da geografia é justamente localizar fenômenos. Isso não impede, porém, um diálogo com outras ciências, como a física, a biologia, a economia e a sociologia. Leitura essencial para geógrafos, engloba desde o nascimento do espaço métrico até a filosofia de Kant, passando por pensadores do calibre de Maquiavel, Giordano Bruno, Copérnico, Galileu Galilei, Descartes e Newton.
As cidades interioranas paulistas Bauru, Piracicaba, Rio Claro e São Carlos são as escolhidas pela autora para sua análise do processo de homogeneização da paisagem urbana. Baseada no pressuposto de que as opções arquitetônicas não são neutras, mas refletem e reforçam as condições socioeconômicas de um lugar, a autora revela as causas desse processo, que envolvem as semelhanças estruturais entre as cidades interioranas, como a presença de praça central, ferrovia, monocultura do café, e rodovias, e seu desejo de imitar centros maiores, cujo padrão urbanístico é tomado como referência. A obra também aborda a importação de modelos descontextualizados e a negligência na criação de um padrão próprio, efeitos da homogeneização.
Importante estudo sobre as condições sociais que ocasionaram o surgimento do(a) boia-fria, no início da década de 1960, e seu desaparecimento neste fim de século, em virtude do vertiginoso processo de modernização que vem suprimindo milhares de postos de trabalho.
Fronteiras de tensão apresenta uma nova perspectiva sobre as periferias da cidade de São Paulo, discutindo os paradoxos e mitos que as circundam. Um trabalho de fôlego, que explicita a dedicação e o compromisso de um autor/pesquisador constantemente implicado nas sensações, atitudes, observações e análises voltadas às periferias urbanas, com especial atenção ao mundo do crime e à política.
Com base numa concepção integradora, os autores optam por focalizar a nova des-ordem mundial a partir de suas múltiplas dimensões enfatizadas em partes distintas ao longo do texto: econômica, política, cultural e ambiental, concluindo com uma proposta de regionalização do espaço mundial contemporâneo. Tudo isto sob a indispensável ligação com a história, pois, tal como afirmava o geógrafo e anarquista Élisee Reclus, "a Geografia não é outra coisa senão a História no espaço, assim como a História é a Geografia no tempo".