As cidades interioranas paulistas Bauru, Piracicaba, Rio Claro e São Carlos são as escolhidas pela autora para sua análise do processo de homogeneização da paisagem urbana. Baseada no pressuposto de que as opções arquitetônicas não são neutras, mas refletem e reforçam as condições socioeconômicas de um lugar, a autora revela as causas desse processo, que envolvem as semelhanças estruturais entre as cidades interioranas, como a presença de praça central, ferrovia, monocultura do café, e rodovias, e seu desejo de imitar centros maiores, cujo padrão urbanístico é tomado como referência. A obra também aborda a importação de modelos descontextualizados e a negligência na criação de um padrão próprio, efeitos da homogeneização.
Paula da Cruz Landim é arquiteta, formada pela FAU-USP, mestre em Geografia IGCE-Unesp, câmpus de Rio Claro-SP, e doutora em arquitetura pela FAU-USP. É professora da Faculdade de Arquitetura, Artes e Comunicação da Unesp, câmpus de Bauru-SP.
Trabalho contemplado com o 3º Prêmio Brasileiro "Política e Planejamento Urbano e Regional" - ANPUR, como melhor tese de doutorado defendida entre janeiro de 2002 e janeiro de 2003, agora transformado em livro. Aborda temas como: promoção do desenvolvimento econômico, participação do setor privado na gestão de serviços e equipamentos públicos, consenso social em torno de prioridades estratégicas de investimentos e a introdução de uma racionalidade empresarial na administração dos negócios públicos. Em relação profunda com o debate intelectual sobre o futuro das metrópoles, revela os meandros de uma corrente de pensamento que transforma cidades em "empresas"; equipamentos, serviços e trabalhadores em "mercadorias"; e o relacionamento entre o público e o privado em, simplesmente, "competitividade".
A ideia de paisagem pode remeter à interação entre o ser humano e a natureza da Terra, associada à emergência de um inumano, que encontraria na imaginação poética sua fonte de expressão. Nesse sentido, a paisagem, por um lado, não teria lugar nas grandes cidades, senão em áreas excepcionalmente reservadas a ela e sob formas domesticadas da natureza. Por outro lado, caberia interrogar sua ocorrência em espaços residuais ou desfuncionalizados, que escapam às intenções de controle e amansamento. Para detectar indícios originários do natural que perfaz as cidades, este livro investiga oportunidades de fruição da paisagem em interstícios urbanos e explora maneiras de expressar essa experiência, assumindo a impossibilidade de sua reconstrução integral ou de sua representação mimética. O olhar se dirige a desvãos da cidade de São Paulo, para identificar insinuações das matérias que se ocultam. Para tanto, são cotejados diferentes meios de expressão alusivos aos horizontes inconclusos da paisagem e àquilo que, para além da racionalidade estrita, mobiliza imagens poéticas.
Tem como proposta derrubar a ideia de um pensamento único na área de urbanismo no Brasil. Obra fundamental para urbanistas, pesquisadores e pensadores do espaço urbano, revela que o desejo e trabalho para construir a "cidade global" estão diretamente vinculados ao intuito de esconder os próprios defeitos, mazelas, sujeira e injustiças.
De uma perspectiva histórico-descritiva, este livro delineia um quadro amplo e generalizado sobre o conceito de rede geográfica, materializada pela rede de internet, que configura a relação entre as novas tecnologias de informação e o cotidiano de pessoas e empresas. A análise não se restringe a obras de autores consegrados da Geografia, da Economia e da Sociologia, mas incorpora teses acadêmicas, jornais de divulgação e sitios de informática, articulando os traços mais evidentes da rede urbana com as características das cidades em rede. Ao facilitar a compreensão das transformações mais recentes na sociedade, adotando diferentes discursos e um ponto de vista transdisciplinar, a obra enfatiza o papel do ser humano no entendimento da rede urbana, com base na estruturação da rede de internet, servindo como instrumento de provocação para o aprofundamento dessas temáticas.
A degradação ambiental do planeta está sendo acompanhada pela ampliação de uma práxis ambientalista. Visando dar as informações técnicas necessárias à eficiência dessa práxis, o livro oferece textos que permitem esclarecer, de vários ângulos, os problemas ambientais. Resultado do I Simpósio Nacional de análise Ambiental, incluem-se aqui, além disso, a análise de questões metodológicas e de legislação e a apresentação dos problemas ambientais ligados ao desenvolvimento.