Para que a física acomode algo ainda tão estranho quanto é o fenômeno da consciência a seu campo de reflexão, devemos esperar uma mudança profunda e fundamental da própria mirada filosófica quanto à natureza da realidade. Sombras da mente fornece uma visão sobre onde essas guinadas podem ocorrer e qual pode ser nossa compreensão futura do mundo.
Roger Penrose é Rouse Ball Professor of Mathematics na University of Oxford. É autor de The Emperor’s New Mind, best-seller que em 1990 recebeu o prêmio COPUS do Reino Unido para a escrita científica. Em 1988, recebeu o Prêmio Wolf de Física, compartilhado com Stephen Hawking, por sua contribuição conjunta para a nossa compreensão do universo, e em 2020 foi laureado com o Prêmio Nobel de Física. Dele, a Editora Unesp publicou Sombras da mente: Uma busca pela ciência perdida da consciência, em 2021, e O grande, o pequeno e a mente humana, em 2003.
Este volume fornece uma introdução acessível e iluminadora à posição de Penrose sobre as perspectivas da física teórica para o século XXI. Ele resume e atualiza as polêmicas idéias apresentadas em seus livros anteriores, A mente nova do rei e Shadows of the mind, e inclui contribuições marcantes de Abner Shimony, Nancy Cartwright e Stephen Hawking. É um livro profundo de uma das mais originais e instigantes mentes da ciência contemporânea.
Por muitas décadas, os defensores da inteligência artificial sustentam que os computadores poderão, em breve, fazer tudo que um ser humano faz. Neste livro, Roger Penrose nos leva em uma fascinante viagem pelos princípios básicos da física, da cosmologia, da computação, da matemática e da filosofia para tentar provar que o pensamento e o sentimento humanos jamais poderão ser emulados completamente por máquinas.
Nenhum outro assunto obteve tanta projeção nos meios de comunicação, sejam eles leigos ou especializados, nos últimos anos como o Projeto Genoma Humano (PGH). É esse projeto de pesquisa biológica que se encontra no centro de gravidade deste livro, que busca analisar o motivo e a forma pela qual as tecnologias da vida desencadearam tanta comoção. A tese central do autor é que tal comoção só se explica pela mobilização retórica e política, nas interfaces com a esfera pública leiga, de um determinismo genético crescentemente irreconciliável com os resultados empíricos obtidos no curso da própria pesquisa genômica.
Esta obra de matemática, a primeira da área que nos chegou na sua inteireza da antiguidade clássica, é composta por 13 livros em que, além de definições, postulados e noções comuns/axiomas, demonstram-se 465 proposições, em forte sequência lógica, referentes à geometria euclidiana, a da régua e compasso, e à aritmética, isto é, à teoria dos números. Esta é a primeira tradução completa para o português feita a partir do texto grego.
Em entrevista a Jesus de Paula Assis, um dos maiores físicos brasileiros, César Lattes (Curitiba, 1924), descreve sua trajetória, narrando, entre outras coisas, sua participação num dos acontecimentos cruciais da física contemporânea no final dos anos 1940: a detecção e, em seguida, a produção artificial de partículas subatômicas. Lattes, que trabalhou em centros de pesquisa na Inglaterra, nos Estados Unidos e na Itália, fala também de outros grandes físicos com os quais conviveu, como o dinamarquês Niels Bohr, prêmio Nobel de Física por sua teoria sobre a estrutura do átomo. Abre o volume um artigo do próprio Lattes intitulado "Meu trabalho em física de mésons com emulsões nucleares", que trata da descoberta que lhe valeu o reconhecimento internacional.