A relação entre Brasil e Itália e o consequente fluxo de pessoas entre os dois países, resultando em estadas transitórias ou em residência permanente, remonta ao século XVI, período da chegada dos europeus a terras brasileiras. Este livro, incontornável para quem estuda as relações ítalo-brasileiras, percorre e examina toda esta história, desde suas raízes mais longínquas até o forte entrelaçamento cultural que sobreveio aos séculos XIX e XX.
Angelo Trento é professor aposentado de História da América Latina na Università degli Studi di Napoli L’Orientale, onde lecionou desde 1992. Também é autor de Imprensa italiana no Brasil, séculos XIX-XX (EdUFSCar, 2013).
Neste livro, François Dosse apresenta um panorama da renovação da cena intelectual francesa e propõe uma análise sistemática das “pesquisas de ponta” nas ciências humanas, enriquecida por entrevistas inéditas com seus atores. Dosse demonstra de forma acessível como, após o fim dos grandes paradigmas unificadores, o trabalho empenhado em várias áreas do conhecimento permite hoje o florescimento de proposições inovadoras no campo das ciências humanas e outros modos de pensar o social e o político. Além dessa diversidade das obras, o autor considera fundamental os eventos de Maio de 1968, cuja geração parece ter finalmente encontrado as palavras para prosseguir sua busca pelo significado sem teleologia e seu desejo de agir sem ativismo, a fim de repensar o vínculo social na cidade moderna.
São muito recentes os estudos sobre a presença feminina nas Forças Armadas na América Latina. Os ensaios reunidos neste livro mostram como as mulheres que desejam integrar os quadros da instituição precisam se acomodar a uma estrutura tradicionalmente masculina, enfrentando preconceitos que vão desde a impressão de não serem disciplinadas à ideia de que não têm capacidade para suportar as duras tarefas físicas que a profissão militar impõe.
Esta obra se constrói a partir dos horizontes de São Gabriel da Cachoeira, cidade amazônica situada no Alto Rio Negro, com a maioria da população composta de indígenas. Tais características esboçam um quadro extremamente instigante de convivência entre índios e não índios, historicamente cristalizado sob os signos genéricos da exploração, da submissão e, de modo específico, das denúncias de violência sexual contra as mulheres.
O leitor encontra, neste livro, uma história e uma etnografia de Iauaretê, povoado indígena multiétnico situado no médio rio Uaupés, fronteira Brasil-Colômbia, noroeste da Amazônia brasileira. O tratamento das fontes históricas e do material empírico é um exercício dedicado à elucidação das premissas sociocosmológicas pelas quais os grupos indígenas descrevem e vivenciam as transformações sociaisd que se passaram na região desde o início da colonização no século XVIII.
Procurando elucidar aspectos do processo de formação do conceito de nacionalidade na história brasileira, a historiadora analisa o período de passagem do trabalho escravo ao trabalho livre. Isso permite apreender a especificidade do período colonial e de seus conflitos sociais. A expansão cafeeira aparece como elemento duplo de redeterminação e conservação dos antagonismos, fonte de perpetuação de um conflito que esta obra procura abranger.