Esta obra se constrói a partir dos horizontes de São Gabriel da Cachoeira, cidade amazônica situada no Alto Rio Negro, com a maioria da população composta de indígenas. Tais características esboçam um quadro extremamente instigante de convivência entre índios e não índios, historicamente cristalizado sob os signos genéricos da exploração, da submissão e, de modo específico, das denúncias de violência sexual contra as mulheres.
Cristiane, doutora em Antropologia pelo Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social do Museu Nacional – UFRJ, faz parte da equipe do Programa Rio Negro do Instituto Socioambiental e é pesquisadora do Núcleo Transformações Indígenas. Desde 1996 realiza pesquisas na cidade de São Gabriel da Cachoeira (Alto Rio Negro, AM), sempre focalizando as transformações experimentadas pela população indígena nos processos de relacionamento com os brancos e com o estilo de vida urbano.
Os Tuyuka fazem parte de um extenso sistema social situado no noroeste da Amazônia. Falantes de uma das línguas Tukano Orientais, convivem aí com seus parentes e aliados, com outros povos de origem Aruak e Maku e, mais recentemente, com brasileiros e colombianos – porque estão habitando nessa fronteira. Este livro trata das relações dos Tuyuka entre si e com os outros. De suas origens na Cobra Canoa, as malocas nas quais foram se transformando, seus nomes e cerimônias, os rios que percorreram e nos quais continuam navegando – essa etnografia percorreu alguns desses caminhos e seus sentidos.
Onze anos depois da Semana de Arte Moderna de 22, Oswald começa a pôr em prática o projeto de uma série de romances intitulada Marco zero, no qual procuraria retratar o Brasil que estava surgindo a partir de 1930. Nem todos os volumes programados foram escritos e a crítica sempre considerou o resultado como de valor menor por seu excesso de engajamento político. Antonio Celso Ferreira procura desfazer essa interpretação pela leitura atenta de historiador sintonizado com a evolução da literatura brasileira.
A Coluna da Morte, obra que não era reeditada desde 1928, relata a experiência do lendário tenente João Cabanas na Revolução de 1924. Cabanas foi uma importante liderança em 1924, no maior conflito bélico ocorrido na cidade de São Paulo, que à época foi bombardeada pelas tropas legalistas do presidente Artur Bernardes.
Responde a uma complexa indagação: o que é ser paulista? Para isso, estuda a obra dos letrados paulistas entre 1870 e 1940. Relaciona literatura e história, mostrando que os intelectuais do Estado, no período enfocado, buscaram a criação de uma identidade regional. As principais fontes consultadas foram o Almanach Literario de São Paulo e matérias contidas na Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, além de romances, novelas, contos e outras narrativas. Foram analisados, entre outros autores, Júlio Ribeiro, Valdomiro Silveira, Menotti del Picchia e Guilherme de Almeida.
A revolução noética marca o fim da visão moderna e antropocêntrica do mundo e impõe uma mudança radical de olhar, em que o espírito, a inteligência e o conhecimento suplantam o econômico e o político. O homem não é mais o centro do mundo; ele está a serviço de sua evolução, e as mudanças prioritárias vão da remodelação dos sistemas de ensino à completa reorientação da pesquisa, passando pelo desenvolvimento das infraestruturas de conectividade informacional, pela criação da alocação universal, pela extinção real das fronteiras, pela passagem do valor de troca para o valor de uso, pela gestão holística da saúde, pela caça aos desvios consumistas etc. A missão profunda do homem é fazer essa revolução. O desafio é imenso, já que a vida seguirá seu caminho com ou sem o homem. Este livro é uma potente ferramenta de leitura do mundo e do sentido de nossa existência. Nosso universo está mudando de modo irreversível. Este é um convite para olhá-lo de frente, porque uma humanidade nova está aí, em germe.