O leitor encontrará neste livro uma série de análises sobre a imprensa em língua estrangeira no Brasil, bem como sobre as conexões transnacionais proporcionadas por esses periódicos alófonos. De uma perspectiva abrangente e multidisciplinar, a obra aborda a miríade de trocas culturais e de problemáticas envolvidas na produção e na recepção desses periódicos, e as mediações e os mediadores que permeavam esses intercâmbios.
Luigi Biondi é formado em Letras pela Universidade de Roma “La Sapienza”, é doutor em História pela Unicamp, e realizou o pós-doutorado na Universidade de Roma “Tor Vergata”, onde é membro colaborador do programa de Doutorado em História. É professor de História Contemporânea no Curso de História da Unifesp, onde integra também o programa de Pós-graduação em História.
Terciane Ângela Luchese é professora da Universidade de Caxias do Sul, fez pós-doutorado pela Università degli Studi del Molise e pela Università di Macerata, Itália. É bolsista produtividade em pesquisa do CNPq e pesquisadora gaúcha Fapergs.
Valéria dos Santos Guimarães é professora de História na Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp) e foi professora visitante na Université Laval (2019/2020, Capes Print). Foi bolsista Jovem Pesquisador-Fapesp e é coordenadora do grupo Transfopress Brasil.
O lançamento do romance O primo Basílio, de Eça de Queirós, constituiu um verdadeiro fato histórico, no Brasil de fins do século XIX. Despertou, especialmente na capital do Império, um debate acalorado, do qual participaram vários escritores de peso, entre os quais Machado de Assis. Este livro examina as leituras críticas da obra, publicadas na imprensa brasileira logo após seu aparecimento, definindo as perspectivas estéticas vigentes na cultura letrada e fazendo uma edição critica dos documentos da época. Procura reconstruir a maneira como o debate ocorreu, como se processou a interlocução e como os argumentos se responderam mutuamente, já que os críticos, além de interpretar o romance, buscavam rebater os pontos de vista de seus opositores.
Este livro, de maneira inédita e extensiva, analisa a marcante carreira da Revista do Brasil, publicação de importância crucial na história da imprensa paulistana e brasileira. Na consideração das diferentes fases desse periódico ilustre, são discutidos os desafios que enfrentou e o complexo universo de ideias em que se moviam seus editores e colaboradores.
O presente livro aborda as complexas relações entre movimentos sociais e agentes e instituições do Estado no processo de formulação e implementação das políticas públicas ao longo dos governos Lula e Dilma Rousseff. A multiplicidade de enfoques das análises aqui presentes fornece uma robusta contribuição para o conhecimento sobre as interações – frutíferas, mas com enormes desafios – entre movimentos sociais e Estado na produção de políticas públicas, auxiliando os embates vindouros neste árduo processo de construção da democracia brasileira.
As ciências sociais no Brasil chegaram pelas influências alemãs em Tobias Barreto e inglesas em Sílvio Romero, além da filosofia e sociologia do direito. Tobias antecipou-se aos neokantistas enquanto Sílvio preferiu Spencer, ambos contra o positivismo de Comte. Estas idéias da Escola do Recife estão nas origens dos estudos de sociologia, antropologia e política no Brasil. Elas vêm até à geração de Gilberto Freyre e discípulos.
Esta coletânea de artigos de especialistas de várias áreas (literatura, história, filosofia, sociologia), como Octavio Ianni, Fábio Lucas e Marcelo Ridenti, entre outros, discute como a produção literária, com suas pecualiaridades, pode fornecer elementos e subsídios para o conhecimento da estrutura e dinâmica da sociedade brasileira.