Redescobrindo um dos inauguradores do naturalismo brasileiro Ambientado no período entre a Abolição e a proclamação da República, este romance, uma das pérolas do naturalismo brasileiro, acompanha a jornada de Fidêncio, que, vindo do interior, chega cheio de sonhos à capital paulista. O romance retrata a São Paulo ainda provinciana da época, além do processo de corrosão da personalidade inicial do protagonista em sua busca por ascensão social.
Antônio da Silva Oliveira (Sorocaba, 1874 - data de falecimento desconhecida) foi um escritor brasileiro, um dos fundadores da Academia Paulista de Letras, ocupando a cadeira 25, cujo patrono é o Visconde de Porto Seguro. Foi jornalista, contista, poeta, advogado, juiz de paz e vereador.
Urupês é uma coletânea de contos e crônicas do escritor brasileiro Monteiro Lobato, considerada sua obra-prima e publicada originalmente em 1918. Inaugura na literatura brasileira um regionalismo crítico e mais realista do que o praticado anteriormente, durante o romantismo.
Romance de caracteres múltiplos, mas de destino coletivo, esta obra aborda temáticas pouco comuns para sua época – sexualidade, adultério, racismo, prostituição –, para expor os males da promiscuidade da vida de trabalhadores pobres, amontoados em habitações coletivas e submetidos à exploração inescrupulosa. Alegorizando o Brasil do século XIX, Aluísio Azevedo exprime a visão pessimista de sua época, marcada pela concepção determinista do meio físico.
Na Paris do final do século XIX, acompanhamos uma confraria de jovens idealistas em busca de uma renovação do meio artístico. O protagonista, Claude, é um pintor em busca obsessiva pelo modelo ideal. Ele encarna a determinação daqueles intelectuais combativos, e sua história nos permite testemunhar dramas e desacordos da época que permanecem como pontos sensíveis nos dias atuais.
Guy de Maupassant é mais que um contador de histórias para leitura de entretenimento. Em seus contos, encontramos retratada em pinceladas rápidas e precisas a vida burguesa da época, com seus tipos e suas situações descritos em flagrantes certeiros. O retrato não é nada otimista; pelo contrário, pode-se entrever nas narrativas a crítica severa à moral de aparências da sociedade burguesa.
Rio de Janeiro, anos 1870. O jovem Sérgio ingressa em uma prestigiosa instituição de ensino reservada à aristocracia e à burguesia carioca e se encontra imerso em um universo violento, cujos códigos ainda não domina. Romance de formação por excelência, esta obra não se acomoda no figurino realista da época: dono de um estilo singular, Raul Pompeia se sobressai pelo traço expressionista com que desenhou com destreza e refinamento seus personagens.