Neste clássico da filosofia política, Montesquieu discute a importância da separação de poderes como forma de garantir a liberdade e evitar o abuso de poder. Ele argumenta que o poder deve ser dividido entre o legislativo, o executivo e o judiciário, e que cada um deve exercer sua função de forma independente. O filósofo também discute como diferentes tipos de governo podem funcionar em diferentes tipos de sociedade, e como o clima e outras particularidades do território podem afetar o caráter de um povo. Sua obra teve grande influência na formação dos governos modernos e na teoria política em geral.
Charles-Louis de Secondat, barão de La Brède e de Montesquieu, conhecido como Montesquieu, foi um político, filósofo e escritor francês, nascido em 18 de janeiro de 1689 em Bordeaux e falecido em 10 de fevereiro de 1755 em Paris. Ele é conhecido como um dos principais pensadores do Iluminismo. Sua obra mais famosa é Do espírito das leis, na qual ele propôs uma teoria da separação dos poderes e influenciou a elaboração da Constituição dos Estados Unidos. Combateu a escravidão e os regimes absolutistas, defendendo a tolerância religiosa e a igualdade perante a lei.
A fisiocracia foi muito mais do que a primeira escola de pensamento econômico da história. O grupo formado e liderado pelo cirurgião e médico da corte de Luís XV, François Quesnay, compartilhava um sistema teórico bastante sofisticado e coeso, produto de uma visão abrangente do mundo e base de um vasto programa de reformas econômicas e políticas, a partir do qual buscou influenciar o debate e as políticas econômicas francesas da década de 1760. O legado da fisiocracia para a ciência econômica é inegavelmente grandioso, ao mesmo tempo em que é profundamente ambivalente. Por um lado, nasce ali um novo tipo de saber que não apenas tematiza a interdependência das diferentes classes e setores da economia ou o caráter circular e cíclico da produção e da circulação das riquezas, mas também traz consigo um novo modo de pensar o econômico, a modelagem – um modo tão inovador que será necessário mais de um século e meio até que ele se torne a norma entre economistas. Por outro, também nasce ali a arrogância de um especialista que se acredita em posse de um saber superior a respeito do funcionamento da sociedade e que acredita, no pior dos casos, que lhe cabe empregar todos os meios disponíveis, inclusive violentos, na tentativa de conformar o mundo a esse saber, ou, no melhor, lamenta a teimosia de todos aqueles que se recusam a ver em seus ensinamentos uma verdade absoluta.
O volume é uma coletânea contendo textos de Rousseau que dizem respeito diretamente à política e à administração pública. No livro, incluem-se as cartas trocadas entre Rousseau e o conde de Buttafoco, aristocrata e militar que foi adversário político do jovem Napoleão; o texto “Projeto de constituição para a Córsega”, que delineia suas ideias para uma constituição e um plano de governo para o país que então era independente; e “Considerações sobre o governo da Polônia e sua reforma projetada”, que discute uma possível nova constituição para a Polônia, aplicando os princípios elaborados por Rousseau em “Do contrato social” a problemas concretos.
O prodigioso desenvolvimento da ciência contemporânea nos faz supor que os fenômenos da natureza obedecem a leis determinantes da evolução. Mas essa imagem tem seus limites. Até os sistemas dinâmicos mais simples podem ser impreditíveis e apresentar uma evolução caótica. Mas qual a razão desse caos? A partir da noção de tempo, os autores oferecem respostas claras a essa questão e expõem os conhecimentos hoje disponíveis sobre o assunto em todas as áreas do conhecimento.
Em textos publicados esparsamente entre 1964 e 1984, o químico, escritor e testemunha do Holocausto Primo Levi faz “incursões nos ofícios alheios, caça ilegal em zonas proibidas”, transitando pela zoologia, astronomia, a literatura e pelas ciências naturais. Revelando-se o mais caprichoso dos botânicos, dos zoólogos e dos linguistas, também fala dos autores que lhe são caros, explica-nos por que escreve e reflete sobre a ligação entre o mundo natural e o cultural. E termina por nos oferecer uma forma oblíqua – mas preciosa – de autobiografia. Com prefácio de Italo Calvino e nota biográfica de Ernesto Ferrero.
Qual é, pois, o significado da vida? Nesta investigação astuta, espirituosa e estimulante, Eagleton mostra de que maneira pensadores ao longo dos séculos – de Shakespeare e Schopenhauer a Marx, Sartre e Beckett – resolveram a questão. Recusando-se a se contentar com o insosso e monótono, Eagleton revela – com uma mistura de humor e rigor intelectual, muitas vezes irreverente, mas com um objetivo muito sério em mente – de que maneira a questão se tornou particularmente problemática nos tempos modernos.