Trabalho, escravidão, autonomia e liberdade em São Paulo colonial (1733-1811)
Joaquim Pinto de Oliveira, o Tebas, emerge das sombras da história para ocupar o lugar que lhe cabe na construção de São Paulo colonial. Nascido em cativeiro, filho de mãe escravizada e pai incógnito, sua vida se entrelaça com as complexas teias de uma sociedade escravocrata, mas também revela a força e o talento de um homem que superou as amarras da opressão.
Luis Gustavo Reis é graduado em História pela Universidade de São Paulo, mestre em História Social pela Universidade Federal de São Paulo e pesquisador do Laboratório de Pesquisa de História das Américas (Lapha-Unifesp).
O Brasil foi a única nação da América do Sul a enviar contingentes para as duas grandes guerras. O presente livro permite ao leitor ultrapassar as linhas gerais em que são descritas as participações brasileiras nos dois grandes conflitos mundiais e observar de posição privilegiada o que ocorria na trincheira, no navio, na caserna. A obra vem preencher lacuna ainda sentida na bibliografia relativa à temática, contemplando ângulos raramente explorados do envolvimento brasileiro nas duas guerras, como a geopolítica, a economia, a espionagem, o desenvolvimento de instituições militares e o próprio cotidiano dos soldados no calor da batalha.
Affonso Romano de Sant'Anna recompõe neste livro seu percurso como ensaista, lançando um olhar atualizado sobre a produção crítica, literária e acadêmica do país. Revisita os caminhos que o levaram a incorporar a estilística, o estruturalismo, a teoria da carnavalização e a psicanálise em sua experiência universitária. Refere-se também a sua experiência em jornais, assinalando as vocação multidisciplinar e polêmica que o levaria ao reestudo tanto do Barroco quanto da Arte Contemporânea.
O tema central deste estudo é a análise e a reavaliação do que se convencionou chamar de "ideologia do branqueamento". A análise da "história do branqueamento" concentrar-se-á na comprovação de duas hipóteses interligadas. Primeira: o branqueamento não é, como comumente apontada pelos especialistas no assunto, uma invenção "genuinamente" brasileira que teria sido desenvolvida na virada do século XIX para o século XX. O autor pretende mostrar que o ideário de transformar negro em branco perpassou longos períodos históricos, em que o ideal do branco tem sido ressemantizado constantemente.
O Serviço Social no Brasil começou a emergir como área de produção de conhecimento crítico sobretudo após a década de 1970. Nesta obra, o autor Ricardo Lara vai avaliar justamente a produção de conhecimento dessa área, analisando as principais teorias que começaram a surgir, influenciadas, em maior escala, por Marx e Lukács. Em um segundo instante, Ricardo Lara parte para refletir sobre as questões relativas ao “mundo do trabalho” e o papel do Serviço Social no debate da situação dos trabalhadores. O autor resgata a pesquisa deste campo de estudo para também olhar criticamente as contribuições geradas para esses profissionais, debatendo a ética no trabalho e a influência do sistema de produção capitalista. Com uma visão bastante precisa do Serviço Social, Ricardo Lara já se mostra um promissor crítico para as discussões que envolvem esse conhecimento.
Tema inesgotável da agenda pública, o debate sobre a desigualdade no Brasil é objeto de paixões desenfreadas. Discussões impetuosas, travadas ao sabor das conveniências de ocasião, quase sempre turvam diagnósticos abrangentes e necessários para a compreensão desse fenômeno. Esta obra navega em direção contrária e procura caminhar além do terreno da especulação. Os catorze ensaios aqui reunidos descrevem um panorama denso e complexo das trajetórias das desigualdades de 1960 a 2010. Além do rigor conceitual e da perspectiva ampliada, os autores partilham como ponto de partida a fidelidade aos dados estatísticos das seis edições dos Censos Demográficos produzidos pelo IBGE no período.