A formação inicial na Academia Militar das Agulhas Negras de 1995 a 2012
Em sua obra, Ana Penido realiza uma análise profunda e consistente sobre a profissionalização militar, explorando-a através do prisma da educação, que é regulamentada por uma legislação específica. Ela investiga como essa formação não apenas molda os profissionais da segurança nacional, mas também se entrelaça com a política. Com um foco aguçado na relevância desse tema, a autora discute a essencialidade de um controle civil eficaz sobre as atividades militares no Brasil, destacando sua importância para a compreensão da relação entre militarismo e democracia.
Ana Penido possui graduação em Ciências Sociais pela Universidade Federal de Minas Gerais (2011), mestrado em Estudos Estratégicos da Defesa e da Segurança pela Universidade Federal Fluminense (2015) e doutorado em Relações Internacionais pelo Programa San Tiago Dantas (Unesp/Unicamp/PUC-SP), através da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (2019). É pesquisadora do Instituto Tricontinental de Pesquisa Social e do Grupo de Estudos em Defesa e Segurança Internacional (Gedes – Unicamp) nas áreas de defesa, forças armadas, profissionalização e educação dos militares. É coautora de Ninguém regula a América (Editora Expressão Popular, 2021).
Reunião de ensaios de autoria de um expressivo grupo de cientistas sociais brasileiros, num esforço coletivo para analisar a produção do maior sociólogo brasileiro. Os textos destinam-se a fornecer melhores parâmetros à leitura de sua obra e resultam da Jornada de Estudos Florestan Fernandes, realizada em maio de 1986, na Faculdade de Filosofia e Ciências da UNESP - Câmpus de Marília, que contou com a presença do sociólogo.
Neste livro, a autora definiu os horizontes e as fronteiras do saber histórico escolar. Com o intuito de fundamentar a epistemologia do conhecimento histórico, a pesquisadora faz um significativo balanço historiográfico, cruzando-o com os princípios do nascimento da história como um campo de saber escolar. Ela se reporta ao século XIX, quando a História adquire uma identidade epistemológica e se afirma como um campo disciplinar voltado para a educação, com objetivos bem definidos: a formação da cidadania e de uma identidade nacional.
Este livro estuda a gênese do romance O amanuense Belmiro, de Cyro dos Anjos, com base em crônicas publicadas pelo autor sob o pseudônimo de Belmiro Borba, nos jornais mineiros A Tribuna e O Estado de Minas, entre os anos 1933 e 1935.
Reconstruir historicamente o perfil institucional da Escola "Joaquim Ribeiro", de Rio Claro, é o objetivo deste livro. Desse modo, Marilena Guedes analisa a cultura escolar no momento da modernização do Brasil. Esse dispositivo permite à autora recuperar os objetivos educacionais da época e a natureza das relações sociais existentes entre os diferentes sujeitos que lá atuaram.
Obra que retrata o Museu Paulista (conhecido como Museu do Ipiranga), a partir de sua construção, em fins do século XIX, como depositário da memória nacional atrelada à paulista, construída por meio da epopeia bandeirante e da vocação desbravadora paulista, desde os tempos coloniais e materializada em objetos, documentos e iconografia, em uma narrativa cuja pertinência das análises e profundidade da pesquisa tornam o livro fundamental para os estudos sobre a disciplina História, conforme definida na ocasião e nas décadas iniciais do século XX. Resgata a figura de Affonso d'Escragnolle Taunay, quem literalmente forjou a vocação histórica do Museu Paulista durante sua atuação como diretor entre 1917 e 1939, dando lógica e ordenamento à coleção de objetos históricos espalhados pelo prédio anteriormente, separando o objetivo inicial de dedicação às ciências naturais e à exposição de exemplares da fauna e da flora brasileiras.