Ao retratar Babbitt, corretor de imóveis de meia-idade na fictícia cidade de Zenith, o autor explora com sarcasmo a mentalidade da classe média norte-americana: seus valores, preconceitos, ambições e frustrações, em uma crítica mordaz à vida nas pequenas cidades, à cultura do consumo e às pressões sociais na América da década de 1920, época de prosperidade e otimismo, mas também de desigualdades e tensões.
Harry Sinclair Lewis (1885-1951) foi um escritor e dramaturgo norte-americano. Em 1930, foi o primeiro escritor dos Estados Unidos e o primeiro das Américas, a receber um Prêmio Nobel de Literatura. Seus trabalhos são conhecidos por tecerem críticas ao capitalismo e materialismo norte-americano do período entreguerras.
Lamiel, jovem camponesa de espírito rebelde, desafia as convenções sociais em busca de liberdade e poder. Sua trajetória, crítica contundente à hipocrisia da sociedade e à exploração da mulher, compõe um retrato mordaz da França do século XIX. A crítica à burguesia, a busca pela liberdade individual e a exploração da sexualidade feminina são elementos que tornam a obra surpreendentemente contemporânea.
Na Paris do final do século XIX, acompanhamos uma confraria de jovens idealistas em busca de uma renovação do meio artístico. O protagonista, Claude, é um pintor em busca obsessiva pelo modelo ideal. Ele encarna a determinação daqueles intelectuais combativos, e sua história nos permite testemunhar dramas e desacordos da época que permanecem como pontos sensíveis nos dias atuais.
Guy de Maupassant é mais que um contador de histórias para leitura de entretenimento. Em seus contos, encontramos retratada em pinceladas rápidas e precisas a vida burguesa da época, com seus tipos e suas situações descritos em flagrantes certeiros. O retrato não é nada otimista; pelo contrário, pode-se entrever nas narrativas a crítica severa à moral de aparências da sociedade burguesa.
Urupês é uma coletânea de contos e crônicas do escritor brasileiro Monteiro Lobato, considerada sua obra-prima e publicada originalmente em 1918. Inaugura na literatura brasileira um regionalismo crítico e mais realista do que o praticado anteriormente, durante o romantismo.
Perdido durante uma caçada na região serrana do Ceará do século XVII, o colonizador português Martim é alvejado pela flecha da índia Iracema. Inicia-se assim a relação que alegoriza o surgimento de um novo povo e uma nova nação, questão seminal das obras de José de Alencar. Por meio de belas metáforas e texto bem ritmado, o autor se mantém fiel ao projeto romântico de criar uma literatura nacional, tarefa na qual Alencar se destaca entre os escritores de sua época.