O livro O desenho de São Paulo por seus caminhos, de Andreina Nigriello, traz a importante visão de como o espaço metropolitano paulistano foi estruturado a partir dos seus caminhos, definidos pelas necessidades de escoamento da produção econômica e de reprodução do capital, em detrimento das necessidades de deslocamento da população.
Graduada em 1971, pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAUUSP), Andreina Nigriello iniciou suas pesquisas com foco na previsão dos impactos da implantação de linhas de transporte de massa no preço e no uso do solo, no mestrado em Planejamento Urbano, na Coordenação dos Programas de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (COPPE/UFRJ) (1977) e no doutorado em Estruturas Ambientais Urbanas pela FAUUSP (1987). Em paralelo, desde 1976, vem atuando, como técnica, em empresas públicas de transporte e de planejamento territorial, de âmbito metropolitano; e, desde 1980, como docente, em disciplinas de planejamento urbano, regional e de transporte, nos cursos de graduação e pós-graduação da FAUUSP, incentivando os alunos à pesquisa e ao trabalho em planejamento e projeto no setor de transporte. O livro corresponde à sua pesquisa mais recente, sobre a evolução histórica e as principais dinâmicas relacionadas à produção da rede de transporte da Região Metropolitana de São Paulo, apresentada no Departamento de Projeto da FAUUSP, em sua livre-docência (2020).
Os capítulos deste livro investigam diversas dimensões das mudanças sociais e econômicas recentes na metrópole de São Paulo, incluindo as transformações do mercado de trabalho, as dinâmicas demográficas, os padrões de segregação por classe e raça, as condições urbanas, a produção habitacional pública e pela via de mercado. Surge assim um retrato ao mesmo tempo mais complexo e mais preciso da cidade de São Paulo neste início de século XXI.
As cidades interioranas paulistas Bauru, Piracicaba, Rio Claro e São Carlos são as escolhidas pela autora para sua análise do processo de homogeneização da paisagem urbana. Baseada no pressuposto de que as opções arquitetônicas não são neutras, mas refletem e reforçam as condições socioeconômicas de um lugar, a autora revela as causas desse processo, que envolvem as semelhanças estruturais entre as cidades interioranas, como a presença de praça central, ferrovia, monocultura do café, e rodovias, e seu desejo de imitar centros maiores, cujo padrão urbanístico é tomado como referência. A obra também aborda a importação de modelos descontextualizados e a negligência na criação de um padrão próprio, efeitos da homogeneização.
Reúne cinco textos sobre o arquiteto, urbanista e historiador de arquitetura João Walter Toscano. Inclui fotografias e desenhos de 19 projetos por ele assinados, além de resumo biográfico, cronologia de obras e projetos, e bibliografia selecionada.
Trabalho contemplado com o 3º Prêmio Brasileiro "Política e Planejamento Urbano e Regional" - ANPUR, como melhor tese de doutorado defendida entre janeiro de 2002 e janeiro de 2003, agora transformado em livro. Aborda temas como: promoção do desenvolvimento econômico, participação do setor privado na gestão de serviços e equipamentos públicos, consenso social em torno de prioridades estratégicas de investimentos e a introdução de uma racionalidade empresarial na administração dos negócios públicos. Em relação profunda com o debate intelectual sobre o futuro das metrópoles, revela os meandros de uma corrente de pensamento que transforma cidades em "empresas"; equipamentos, serviços e trabalhadores em "mercadorias"; e o relacionamento entre o público e o privado em, simplesmente, "competitividade".
Este livro analisa uma parte da história do Jardim América, que se inicia com o primeiro projeto proposto pelo escritório dos urbanistas Raymond Unwin e Barry Parker na Inglaterra e vai até o processo de seu tombamento como patrimônio paisagístico na cidade de São Paulo.