Nesta obra, Giorgio Baratta revisita os Cadernos e as Cartas do cárcere para construir um instigante diálogo com a heterogênea recepção do pensamento de Antonio Gramsci pelo mundo. Em suas palavras: “o contraponto que se tenta aqui é a busca de uma modalidade de pensar, mais que sobre Gramsci, com ele: ou, melhor, com ele, além dele, até o nosso presente”.
Giorgio Baratta (1938-2010) foi um dos principais estudiosos da obra de Antonio Gramsci. Professor de Filosofia Moral na Universidade Urbino, fundou a International Gramsci Society e notabilizou-se também por estudos sobre a filosofia do Renascimento e o pensamento contemporâneo. Publicou, entre outros livros, A rosa e os cadernos (2003) e Leonardo entre nós (2007).
Qual o papel do intelectual quando as posições extremadas parecem turvar todo o debate? Qual a relação entre cultura e política em uma sociedade democrática? Essas perguntas estão no cerne das preocupações de Norberto Bobbio e são exploradas ao longo dos 15 ensaios coligidos neste Política e cultura. Escrito em um ambiente marcado pela Guerra Fria e pelo fracasso na Itália das forças políticas que procuravam alternativas à polarização entre socialismo e capitalismo, Política e cultura é um dos principais livros de Bobbio, traduzido para 19 idiomas e com mais de 300 mil exemplares vendidos no seu país de origem. Nesta obra, o autor desenvolve reflexões vinculadas ao seu ideal de um novo liberalismo, fortemente sensível aos temas da justiça social, mas convicto também em exigir a limitação constitucional e o controle permanente dos poderes do Estado por parte dos cidadãos.
O autor esmiúça e esclarece os aspectos do direito natural e do direito positivo, eliminando falsas oposições e se contrapondo a toda forma de dogmatismo. Bobbio apresenta sua concepção de filosofia do direito, propondo que se deixe de considerá-la como uma disciplina unitária e que ela seja dividida em várias disciplinas particulares, de acordo com os problemas de que tratam. O livro, reconhecido como um clássico da filosofia do direito, trata da controvérsia entre jusnaturalismo e positivismo jurídico, definindo-os claramente e distinguindo seus diferentes sentidos.
Este livro, organizado por Carlo Violi, reune um número consistente de textos de Norberto Bobbio, fruto de seus intermitentes encontros com Marx e com o marxismo. O autor explica que ao longo de conquenta anos de estudos, seu interesse por Marx jamais arrefeceu, ainda que tenha se limitado mais ao tema do Estado e tenha sempre permanecido no âmbito da filosofia política. Em seus escritos duas linhas sempre sobressaíram: o debate em defesa dos direitos de liberdade da tradição liberal, que os comunistas tinham repudiado, entre 1951 e 1955; e o debate em defesa do Estado de direito e democrático entre 1972 e 1976. Em ambos os casos o alvo foi a teoria marxiana do Estado, do Estado enquanto tal e portanto de todos os Estados reais, considerados como ditaduras.
O autor busca refletir sobre a força da lealdade à palavra dada, valor que, para algumas pessoas, determina julgamentos frequentemente contrários aos deveres e a qualquer outro valor moral necessário à existência da sociedade.
A revolução noética marca o fim da visão moderna e antropocêntrica do mundo e impõe uma mudança radical de olhar, em que o espírito, a inteligência e o conhecimento suplantam o econômico e o político. O homem não é mais o centro do mundo; ele está a serviço de sua evolução, e as mudanças prioritárias vão da remodelação dos sistemas de ensino à completa reorientação da pesquisa, passando pelo desenvolvimento das infraestruturas de conectividade informacional, pela criação da alocação universal, pela extinção real das fronteiras, pela passagem do valor de troca para o valor de uso, pela gestão holística da saúde, pela caça aos desvios consumistas etc. A missão profunda do homem é fazer essa revolução. O desafio é imenso, já que a vida seguirá seu caminho com ou sem o homem. Este livro é uma potente ferramenta de leitura do mundo e do sentido de nossa existência. Nosso universo está mudando de modo irreversível. Este é um convite para olhá-lo de frente, porque uma humanidade nova está aí, em germe.