O papel da nominalização no continuum categorial
Neste livro, Roberto Gomes Camacho enfrenta um problema clássico do Funcionalismo: a questão da categorização linguística, focalizada no modelo em sua natureza contínua, não opositiva, não negativa. Surgiu daqui a teoria dos protótipos, já bem conhecida no Brasil. Considerando o lado complexo, no sentido de "interligado", o autor toma como parâmetro as diferenças entre o nome e o verbo, situando a meio caminho o importante processo da nominalização, "postulada como constituindo um termo complexo entre os dois outros opostos, tomados como membros prototípicos". Para comprovar essa postulação, o autor argumenta que as expressões nominalizadas partilham propriedades nominais e verbais, comprovadas, neste caso, pela manutenção da estrutura argumental encontrada no verbo. Com este trabalho, Roberto Gomes Camacho atinge sua plena maturidade intelectual, duramente conquistada ao longo de uma carreira acadêmica exemplar.
Possui graduação em Letras (1973) pela Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho" (Unesp), mestrado em Linguística (1978) pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), doutorado em Linguística e Língua Portuguesa (1984) pela Unesp, pós-doutorado em Gramática Funcional (2005) pela Universidade de Amsterdã e livre-docência (2009) pela Unesp. Atualmente é professor-adjunto da Unesp, onde atua, na Graduação e na Pós-Graduação, nas linhas de pesquisa em Descrição Funcional de Língua Oral e Escrita e em Variação e Mudança Lingüística. Tem experiência nas subáreas de Teoria e Análise Lingüística e Sociolinguística e Dialetologia, atuando principalmente no desenvolvimento dos seguintes temas: articulação de orações, classes de palavras, estrutura argumental e tipologia.
Ao reunir visões de especialistas de diversos países sobre o legado de Machado de Assis, este livro mostra a abrangência atual dessa linhagem critica, assim como a multiplicidade de abordagens que o mestre permite e estimula. Poeta, romancista, dramaturgo, contista, jornalista, cronista e teatrólogo, Machado evoca diálogo cada vez mais intenso, sofisticado e sem fronteiras.
Esta coletânea traz um conjunto de textos baseados em dissertações de alunos do Programa de Pós-Graduação em Estudos Lingüísticos da UNESP, campus de São José do Rio Preto, da área de Descrição e Análise Lingüística, que tratam da aplicação do modelo da Gramática Funcional Padrão ao português oral e escrito. Os autores integram o Grupo de Pesquisa em Gramática Funcional (GPGF), que tem se destacado nacional e internacionalmente como um dos grupos funcionalistas mais atuantes na área. O livro pretende não só divulgar esse modelo teórico como também mostrar sua eficácia na descrição lingüística, além de constituir a primeira obra em português a mostrar a contribuição dessa teoria para a descrição da língua portuguesa.
A ideia de que alguma vez existiu uma linguagem que expressasse de forma perfeita e inequívoca a essência de todas as coisas e conceitos possíveis ocupou as mentes dos filósofos, teólogos e místicos por pelo menos dois milênios. Neste livro, Umberto Eco investiga esse projeto utópico de se descobrir uma língua original, perfeita e única para todo o gênero humano.
Machado de Assis – ensaios da crítica contemporânea foi concebido para ser mais que uma reunião de ensaios sobre a obra de Machado de Assis. Na homenagens ao centenário de sua morte, oferece uma visão plural, variada e representativa das abordagens pelas quais o escritor vem sendo pensado pela crítica contemporânea. Sem assumir qualquer "obrigatoriedade" em adotar esta ou aquela linha interpretiva já consagrada, o presente conjunto de ensaios empenha-se em contribuir com a intricada tarefa de manter o debate de ideias em torno da produção machadiana em um grau de complexidade que, enfim, possa pretender homenagear o alcance obtido pela produção intelectual do escritor.
O oportudo título desta obra representa com perfeição o que ela tem de peculiar: a análise da teoria e da prática da tradução associada a outros tópicos e campos de conhecimento, como a daptação, a psicanálise, o direito, a tradução de poesia no Brasil, a questão de gênero, a critica, as novas tecnologias. Segundo os organizadores, a intenção deste trabalho "foi trazer alguns tópicos teóricos tanto ao leitor não especializado como áquele que já tem familiaridade com a leitura da literatura sobre a tradução, sem ter como objetivo uma aplicação direta de princípios teóricos nem de uma metodologia. Trata-se de um convite a uma reflexão teórica sobre a prática de tradução, a partir dos tópicos selecionados". Os ensaios do presente livro, escritos por pesquisadores da área ligados a universidades brasileiras que oferecem cursos de tradução em nível de graduação ou pós-graduação, revelam a consolidação dos estudos da Tradução como disciplina.