Origens, desdobramentos e perspectivas
A atual crise financeira internacional (2008-2009) pode ter desfecho menos dramático em relação ao da grande depressão de 1930, cuja solução definitiva foi o choque de demanda imprimido pela Segunda Guerra Mundial? Qual é o vínculo entre o desmonte das previdências públicas e a longa duração do colapso? O "Novo Brasil" resistiria a uma onda especulativa contra o real? Que cicatrizes este período deixará na economia e liderança dos Estados Unidos?
Fernando Ferrari Filho é professor titular do Departamento de Economia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, pesquisador do CNPq e ex-presidente da Associação Keynesiana Brasileira.
Luiz Fernando de Paula preside a Associação Keynesiana Brasileira. É professor titular da Faculdade de Ciências Econômicas da Universidade do Estado do Rio de Janeiro e pesquisador do CNPq.
Mesmo implantando uma ampla liberalização financeira, o Brasil resiste às pressões internacionais para assumir compromissos que tornariam as medidas já adotadas quase definitivas. Este aparente paradoxo é explorado por Neusa Maria Pereira Bojikian, que demonstra – apoiada em vasta documentação e instrumentos de análise – como a "liberalização administrada" se impôs como as opção mais racional para as autoridades nacionais. Acordos comerciais internacionais responde à questão de por que um país que se dispõe a fazer reformas profundas em sua estrutura econômica adota uma postura tida como conservadora no momento de apresentar ofertas concretas nas negociações comerciais internacionais. Percebe-se neste caminho que o Brasil usa as mesmas estratégias e táticas dos principais países desenvolvidos.
Este volume reúne um arcabouço de pesquisas, estudos e análises que buscam dar conta desse novo cenário. Parte dos textos é sustentada em questões práticas – como legislação e tratados internacionais – com o objetivo de situar o leitor nesse terreno de métodos e operação, com regras e procedimentos predefinidos. Outra parte avança pela trilha das variáveis, apontando aspectos materiais e psicológicos que podem facilitar os objetivos ou colocar tudo a perder.
A Economia Institucional – uma das vozes críticas mais importantes contra a fé desmedida nos mercados e contra a matematização desnecessária da Economia – é muito pouco divulgada no Brasil. Esta coletânea traz doze artigos, oito traduções de trabalhos inéditos em português e quatro artigos escritos por pesquisadores brasileiros especialmente para esta obra. O livro serve como introdução ao pensamento dessa escola importante para todos os que se preocupam com a construção de uma teoria econômica mais crítica e, ao mesmo tempo, mais realista.
Este livro apresenta um inventário objetivo da corrente situação da economia mundial. Descreve a financeirização da economia e da sociedade atual, o papel dos grandes bancos e fundos de investimento neste processo e o declínio de uma civilização que confunde o ser com o ter e o aparecer. Analisa, em paralelo, a atuação dos “crupiês” da chamada “finança-cassino” e dos mercenários da guerra financeira, cujas práticas afetam a todos. Estar ciente da situação e do problema também ajuda a desenvolver soluções, e é este o objetivo último do autor e da obra que ora chega ao público brasileiro.
Responde a uma complexa indagação: o que é ser paulista? Para isso, estuda a obra dos letrados paulistas entre 1870 e 1940. Relaciona literatura e história, mostrando que os intelectuais do Estado, no período enfocado, buscaram a criação de uma identidade regional. As principais fontes consultadas foram o Almanach Literario de São Paulo e matérias contidas na Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, além de romances, novelas, contos e outras narrativas. Foram analisados, entre outros autores, Júlio Ribeiro, Valdomiro Silveira, Menotti del Picchia e Guilherme de Almeida.