Um estudo sobre a cidade no interior paulista (Franca, 1890-1996)
No Brasil, a emergência de uma vida urbana conectada com os ideais de modernidade teve sua origem na virada do século XIX para o XX, período de aumento do fluxo migratório para as cidades do centro-sul do país. Entretanto, o crescimento desordenado e a política urbana patrimonialista dessas cidades dificultaram a democratização dos equipamentos e serviços públicos urbanos, contribuindo para que essas cidades se tornassem espaços de árduas lutas por cidadania. Nesta obra, Fransérgio Follis procura desvendar como se processou a expansão urbana e a obtenção de direitos sociais pelos moradores da perifieria de Franca, cidade do interior paulista, no período compreendido entre os anos de 1890 e 1996. Mais especificamente, interessa ao autor descobrir como o poder público municipal promoveu uma política urbana orientada para o atendimento dos interesses privados e avaliar o papel desempenhado pelos moradores da cidade na conquista de equipamentos e serviços públicos urbanos.
Fransérgio Follis é mestre em História e doutor em Sociologia pela Unesp. Coordena o Curso Superior de Tecnologia em Gestão de Turismo do Centro Universitário Central Paulista (Unicerp) e ministra aulas nas áreas de Ciências Sociais e História nos cursos de graduação em Direito, História, Letras, Pedagogia, Administração, Psicologia, Comunicação Social e Engenharia na mesma instituição. É autor também dos livros Modernização urbana na Belle Époque paulista e Estação: o bairro-centro.
O processo de modernização da cidade de Franca (SP), ocorrido entre 1890 e 1940, tratado neste livro possibilita ao leitor constatar a excelência da pesquisa desenvolvida e a riqueza de possibilidades interpretativas que a história local/regional oferece. A história das cidades pode contribuir para que se constate que o processo histórico das diversas regiões brasileiras compõe-se de casos semelhantes, com profundas particularidades. Cabe a conveniência de que essa perspectiva seja levada em conta quando se projetam políticas públicas de alcance nacional, tendo em vista que o autor aborda temas como a arrecadação pública, a paisagem urbana moderna e as conseqüências sociais das alterações urbanísticas, principalmente no que se referem à vida das camadas da população mais afastadas do centro do poder.
Esta coletânea de ensaios foi organizada em comemoração ao centenário da Declaração dos Direitos da Mulher e da Cidadã, de autoria de Olympe de Gouges, de 1791.
Este documento excepcional, reproduzido aqui na íntegra, contrapõe ao universalismo abstrato da Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, de 26 de agosto de 1779, a injustiça das condições concretas da mulher no terreno da cidadania.
Nesta obra, o intelectual britânico reafirma a radicalidade da sua crítica cultural – e social. Revela, ainda, uma inquietante preocupação com a relação ambivalente entre política revolucionária socialista e vanguarda artística. O teórico investiga as raízes do modernismo e o contextualiza não só nas profundas transformações sociais da época, mas também nas relações de produção das quais participavam seus artistas expoentes nos centros de dominação metropolitana.
Dar a vida e cuidar da vida mostra a ligação do feminismo com as Ciências Sociais ao enfocar, entre outros tópicos, a emergência das questões feministas e o conceito de saúde reprodutiva na Sociologia. Além desses temas, são verificadas abordagens voltadas para diferenças ou deigualdades em assuntos como maternidade, contracepção, aborto, tecnologias reprodutivas e cuidados com a saúde.
O conjunto de entrevistas reunidas em A política e as letras apresenta ao leitor um Raymond Williams pouco conhecido do público brasileiro. Gestado com o intuito de discutir sistematicamente o pensamento do intelectual britânico, este livro propõe uma rara reflexão biográfica em que trajetória pessoal e reconstruções teóricas se conformam em um instigante debate sobre a própria atividade intelectual.