Insegurança urbana e fragmentação socioespacial
Em Espaços fechados e cidades, Maria Encarnação Beltrão Sposito e Eda Maria Góes discutem a presença cada vez maior de áreas residenciais de acesso restrito e controladas por sistemas de segurança no Brasil, analisando as implicações desse fenômeno para as cidades médias.
Eda Maria Góes é graduada, mestre e doutora em História pela Unesp, câmpus de Assis. Possui pós-doutorado pelo Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra (2009 - 2010). Atualmente, é professora assistente doutora da Unesp, câmpus de Presidente Prudente, atuando nos cursos de graduação em Geografia e Arquitetura e Urbanismo e no Programa de Pós-Graduação em Geografia da FCT – Unesp. Suas pesquisas se relacionam principalmente aos seguintes temas: violência urbana; questão penitenciária; representações sociais; cidades médias e produção do espaço urbano. É membro do GAsPERR – Grupo de Pesquisa Produção do Espaço e Redefinições Regionais.
Maria Encarnação Beltrão Sposito é graduada em Geografia (Unesp). Possui mestrado (Unesp) e doutorado (USP) em Geografia. Realizou estágio pós-doutoral em Geografia na Université de Paris I – Sorbonne. Obteve o título de Livre Docência em Geografia Urbana pela Unesp. Atualmente, além da atividade como docente, coordena a Rede de Pesquisadores sobre Cidades Médias (ReCiMe) e é coordenadora editorial da revista científica Cidades. Tem experiência na área de Geografia, com ênfase em Geografia Urbana, atuando principalmente nos seguintes temas: produção do espaço urbano, estruturação urbana e cidades médias. É membro do GAsPERR – Grupo de Pesquisa Produção do Espaço e Redefinições Regionais.
De uma perspectiva histórico-descritiva, este livro delineia um quadro amplo e generalizado sobre o conceito de rede geográfica, materializada pela rede de internet, que configura a relação entre as novas tecnologias de informação e o cotidiano de pessoas e empresas. A análise não se restringe a obras de autores consegrados da Geografia, da Economia e da Sociologia, mas incorpora teses acadêmicas, jornais de divulgação e sitios de informática, articulando os traços mais evidentes da rede urbana com as características das cidades em rede. Ao facilitar a compreensão das transformações mais recentes na sociedade, adotando diferentes discursos e um ponto de vista transdisciplinar, a obra enfatiza o papel do ser humano no entendimento da rede urbana, com base na estruturação da rede de internet, servindo como instrumento de provocação para o aprofundamento dessas temáticas.
Neste livro que integra a série de entrevistas com grandes historiadores, Jacques Le Goff e Jean Lebrun procuram fornecer os modos de compreensão da ruptura urbana que caracterizam nossa época. Por meio de quatro temas (a cidade como lugar de troca de diálogo, como lugar de segurança, de poder e de aspiração à beleza), os historiadores analisam a reconfiguração do conjunto de funções da cidade. A pesquisa iconográfica aparece aqui como complemento necessário ao texto.
Reunião de textos que enfocam aspectos das transformações econômicas e sociais ocorridas no Brasil na década de 1990 e seus impactos nas diferentes dimensões do mundo do trabalho: estratégias de mercado das empresas ao se ajustarem às novas regras de concorrência e funcionamento do mercado de trabalho, baixo dinamismo, desestruturação de parte do parque industrial, elevação das taxas de desemprego, precarização das oportunidades ocupacionais e condições de trabalho.
Livro que leva o título da conferência, seguida de debate, realizada no Instituto Nacional da Pesquisa Agronômica (INRA), pode ser classificado como uma sociologia da produção científica que se vale da teoria dos campos sociais, para discutir questões relevantes. O autor acredita que a luta pela "verdade" científica no interior do campo é um jogo de lucros e perdas e que os "campos científicos" são o espaço de confronto necessário entre duas formas de poder que correspondem a duas espécies de capital científico: o social (ligado à ocupação de posições importantes nas instituições científicas) e o específico (que repousa sobre o reconhecimento pelos pares, também o mais exposto à contestação). Sob sua ótica, essas contradições podem ser ultrapassadas com a sociologia da ciência.
A relação entre os intelectuais e a política jamais deixou de estar no centro das atenções. Com o que ficar: com a verdade do conhecimento ou com os fatos do poder; com as dúvidas "pessimistas" da razão crítica ou com as certezas quase sempre "otimistas" da vontade política? É sobre perguntas como essas que o autor se debruça. O pensamento político e a análise da cultura são convocados em conjunto para dar um diagnóstico de algumas das questões mais importantes da sociedade contemporânea.