Em outubro de 1637 é anonimamente publicada, com o título de "Discurso do método para bem conduzir a própria razão e procurar as verdades na ciência, mais A dióptrica, Os meteoros e A geometria que são ensaios desse método", a primeira obra de Descartes, unanimemente considerada como um marco fundamental para o processo de constituição da ciência moderna. Discurso & ensaios anuncia explicitamente o advento de uma filosofia prática que promove a união entre a ciência e a técnica, dando o primeiro passo para o nascimento da tecnologia, entendida como racionalização científica (metódica) da técnica, para tornar efetivo o ato técnico de controle (domínio) da natureza, cuja possibilidade se assenta na concepção de que a natureza é simples matéria em movimento, desprovida de qualquer finalidade intrínseca. Edição comentada traz a tradução para o português do "Discours de la méthode" e dos três ensaios (“La dioptrique”, “Les météores”, “La géométrie”) que originalmente o acompanhavam.
René Descartes (1596-1650) foi um filósofo e matemático nascido na França. Criou o pensamento cartesiano, sistema filosófico que deu origem à Filosofia Moderna.
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“A linguagem poderia nos ferir se não fôssemos, de alguma forma, seres linguísticos, seres que necessitam da linguagem para existir?” Sensíveis às complexidades e à emergência das discussões sobre a liberdade de expressão e cultura do “cancelamento”, as reflexões que decorrem desta leitura são atuais, necessárias e fecundas. Preocupada com a necessidade de aumentar o poder de ação de dominados e subordinados, a autora problematiza algumas importantes questões que permeiam o debate sobre a criminalização do discurso de ódio.
A terceira edição em inglês deste texto clássico contém um novo prefácio e mais reflexões sobre diversos aspectos, nos quais o autor analisa tanto os mais recentes debates sobre a ciência como o impacto dos produtos e práticas científicas sobre a comunidade humana.
A atitude descrente é um componente fundamental, original, necessário e, portanto, inevitável em qualquer sociedade. Por isso tem obrigatoriamente um conteúdo positivo, e não se reduz unicamente à não crença. [...] É uma posição que acarreta escolhas práticas e especulativas autônomas, que tem portanto sua especificidade e sua história.
Este livro é uma investigação original das tentativas de se deslocar uma pedra angular da filosofia moderna: a ideia de que nossos pensamentos e expressões são representações de fatias da realidade. Stephen Neale mostra que é simplesmente impossível invocar representações, fatos, estados ou proposições sem fazer escolhas difíceis. Este tema será crucial para os futuros trabalhos nas áreas da lógica, da metafísica, da filosofia da linguagem e da mente, podendo encontrar ecos e gerar impactos em outros campos do conhecimento.
O prodigioso desenvolvimento da ciência contemporânea nos faz supor que os fenômenos da natureza obedecem a leis determinantes da evolução. Mas essa imagem tem seus limites. Até os sistemas dinâmicos mais simples podem ser impreditíveis e apresentar uma evolução caótica. Mas qual a razão desse caos? A partir da noção de tempo, os autores oferecem respostas claras a essa questão e expõem os conhecimentos hoje disponíveis sobre o assunto em todas as áreas do conhecimento.