Para o autor, embora o Brasil seja um país com forte presença de energia renovável em sua estrutura de geração elétrica, com destaque especial para a modalidade hidrelétrica, não é razoável que sejam relegados a segundo plano estudos prospectivos de alternativas tecnológicas de base termelétrica com reduzidos níveis de emissão atmosférica. Ele procura apresentar algumas fontes combustíveis alternativas, relativas ao aproveitamento de biomassas de origem animal e vegetal e as decorrentes do aproveitamento de resíduos sólidos municipais e subprodutos de processos industriais, tratando, ainda, das tecnologias avançadas de geração termelétrica e de cogeração com redução de emissão de CO2.A apresentação do conceito de cogeração (geração combinada de duas ou mais formas de energia a partir de uma mesma fonte combustível) também ganha destaque no trabalho. Por representar racionalidade energética, é objeto de detalhada análise.O planejamento energético global também é discutido à luz destas fontes combustíveis e tecnologias avançadas, que, o autor reconhece, só serão mais contempladas nos planos de expansão do setor se comprovarem vantagens técnicas, econômicas e ambientais comparativamente à matriz energética atual.
José Antônio Perrella Balestieri é livre-docente em Máquinas Térmicas pela Unesp e atualmente professor titular do Departamento de Energia da mesma universidade.
Neste livro os autores, com a ajuda de princípios termodinâmicos associados ao processo de transformação da energia, apresentam a questão energética em uma perspectiva de uso cotidiano, explorando diferentes fontes naturais, da produção, do condicionamento e da distribuição que a tornam acessível ao consumo. Trata-se da capacidade transformadora engendrada pela tecnologia, o que remete a uma nova ordem científico-tecnológica. Como afirma Irlan von Lisingen no Prefácio, "... neste livro há uma convergência marcante com o enfoque educacional CTS (Ciência, Tecnologia e Sociedade), no que diz respeito aos objetivos de formação da capacidade crítica e criativa, com vistas à transmissão de poder social ao público em geral".
Este livro discute qual o conteúdo de Matemática é mais desafiador e tem mais significado para os alunos. Como a disciplina é cercada pelo mito da dificuldade, o autor se valeu do xadrez como recurso didático para gerar situações prazerosas que desenvolvessem o gosto pelas experiências matemáticas. O xadrez é utilizado como exemplo de um recurso para ensinar conceitos e procedimentos matemáticos que sirvam também de objeto de estudo para a reflexão sobre pesquisas que possam ser feitas em outras áreas do conhecimento. Computadores, vídeos, jogos, lousa e giz são vistos como caminhos igualmente válidos, desde que sejam investigados em profundidade para entender o que cada um deles pode oferecer ao ensino da Matemática.
Graça a sua precisão e sua simplicidade, Tratado da esfera foi adotado nas principais universidades europeias no final da Idade Média e início do mundo moderno – Paris, Oxford, Viena, Bourges, Bologna, Praga e Lisboa. A partir do século XVI, passou a ser texto básico para a formação dos pilotos que fizeram os grandes descobrimentos marítimos. Caso raro naquela época: um texto saía do mar fechado das universidades para cair na vastidão dos oceanos. Essa obra contém o fac-símile da versão quinhentista.
Bertrand Russell (1872-1970) descobriu a matemática aos onze anos. Foi, como posteriormente registrou, uma experiência arrebatadora: "tão inebriante quanto o primeiro amor". A partir daquele momento, seguiria sua paixão com devoção inquebrantável e fervor quase erótico. A matemática poderia vencer onde a filosofia havia falhado, reduzindo o pensamento à sua forma mais pura e libertando o conhecimento da dúvida e contradição. E assim, por algum tempo, pareceu ser. As investigações matemáticas de Russell resolveram sem esforço, de uma só vez, alguns dos mais intratáveis problemas da filosofia. No entanto, se a matemática pode ser uma fonte de liberação, é, também, fonte inconfiável... Analisando o trabalho daquele que é indiscutivelmente um dos gigantes de nossa época, o livro extremamente claro e bem escrito de Ray Monk também nos conta uma história humana: uma tocante história de amor e perda, de extasiante triunfo e profunda desilusão.
O avanço do nosso conhecimento sobre os buracos negros pode mudar a forma como entendemos o mundo. Conscientes do relevo do objeto que abordam, os autores deste livro discutem a origem da ideia de gravidade na Grécia antiga, passando por Newton, Einstein, até chegar à folclórica aposta sobre as singularidades, envolvendo Stephen W. Hawking, John Preskill e Kip Thorne. Tudo isso para explicar a evolução do conceito de buracos negros e demonstrar que a ciência moderna é potencialmente capaz de descortinar uma realidade que supera a própria ficção.