Ensino e cidadania
Neste livro os autores, com a ajuda de princípios termodinâmicos associados ao processo de transformação da energia, apresentam a questão energética em uma perspectiva de uso cotidiano, explorando diferentes fontes naturais, da produção, do condicionamento e da distribuição que a tornam acessível ao consumo. Trata-se da capacidade transformadora engendrada pela tecnologia, o que remete a uma nova ordem científico-tecnológica. Como afirma Irlan von Lisingen no Prefácio, "... neste livro há uma convergência marcante com o enfoque educacional CTS (Ciência, Tecnologia e Sociedade), no que diz respeito aos objetivos de formação da capacidade crítica e criativa, com vistas à transmissão de poder social ao público em geral".
Rubens Alves Dias é professor do departamento de energia elétrica e do programa de pós-graduação em Engenharia Mecânica na área de transmissão e conversão de energia na Unesp de Guaratinguetá. É também pesquisador do Departamento de Energia.
José Antônio Perrella Balestieri é livre-docente em Máquinas Térmicas pela Unesp e atualmente professor titular do Departamento de Energia da mesma universidade.
Cristiano Rodrigues de Mattos é professor e pesquisador do departamento de Física Experimental do Instituto de Física da USP e do programa de pós-graduação Interunidades em Ensino de Ciências na área de ensino de Física.
Para o autor, embora o Brasil seja um país com forte presença de energia renovável em sua estrutura de geração elétrica, com destaque especial para a modalidade hidrelétrica, não é razoável que sejam relegados a segundo plano estudos prospectivos de alternativas tecnológicas de base termelétrica com reduzidos níveis de emissão atmosférica. Ele procura apresentar algumas fontes combustíveis alternativas, relativas ao aproveitamento de biomassas de origem animal e vegetal e as decorrentes do aproveitamento de resíduos sólidos municipais e subprodutos de processos industriais, tratando, ainda, das tecnologias avançadas de geração termelétrica e de cogeração com redução de emissão de CO2.A apresentação do conceito de cogeração (geração combinada de duas ou mais formas de energia a partir de uma mesma fonte combustível) também ganha destaque no trabalho. Por representar racionalidade energética, é objeto de detalhada análise.O planejamento energético global também é discutido à luz destas fontes combustíveis e tecnologias avançadas, que, o autor reconhece, só serão mais contempladas nos planos de expansão do setor se comprovarem vantagens técnicas, econômicas e ambientais comparativamente à matriz energética atual.
A noite na cidade ainda é um objeto de estudo em construção para a geografia brasileira. Pesquisas sobre as práticas espaciais que são próprias da vida noturna, das tensões e dos conflitos que à noite se tornam explícitos ou que aparecem de forma latente, podem nos revelar, por um outro viés, os modos como se relacionam (e são constantemente reproduzidas) as desigualdades e as diferenças nas cidades brasileiras, as maneiras como identidades socioculturais são acionadas, performadas, instituídas e negociadas. O conjunto de textos que compõem este livro traz um pequeno panorama das possibilidades de incorporação do tema da noite na cidade ou da cidade à noite. Ao mesmo tempo, evidencia um campo em aberto, seja para considerarmos velhos temas em sua especificidade de acontecer durante a noite, seja para abordarmos aquilo que de fato só ganha condições de possibilidade neste tempo social.
O ponto de partida da teoria da recursão consiste em analisar de maneira conceitual, em termos matematicamente precisos, as noções intuitivas de algoritmo e função algorítmica. Norteia a investigação lógica de nosso tempo e foi alvo de estudos de lógicos e matemáticos como Gödel, Turing, Kleene e Rosser, entre outros do mesmo calibre. Este livro, que preenche uma lacuna na literatura especializada em língua portuguesa e que, segundo Newton da Costa, tende a “se tornar um clássico entre nós”, oferece uma visão clara do que se faz atualmente em um terreno dos mais interessantes e significativos deste campo.
Sidney Harris é um cartunista norte-americano que, embora não seja especializado em assuntos científicos, toca em pontos essenciais da ciência em seus cartuns. Tão essenciais (paradigmas das ciências naturais, a forma como cientistas escolhem seus dados, os limites da argumentação e retórica científicas) que o leitor pode ser levado a crer que ele teria sólida formação em alguma ciência natural. Surpreendente: não tem. Sua intuição dá conta de tudo. E como... Seus cartuns podem ser encontrados nas principais publicações da imprensa norte-americana (The New Yorker, Playboy), além de, é claro, em publicações científicas (Discover, American Scientist, Science, Chronicle of Higher Education), para as quais começou a escrever em 1970.
Geopolitica sul-americana, interesses do grande capital, modelos de urbanização das novas cidades do interior. O que impulsiona a implantação de uma estrada de ferro e o que é acarretado por ela? Este livro surpreendente expõe a multiplicidade de elementos que acompanham a saga de ocupação do Oeste paulista: capítulos importantes sobre a história da formação do Brasil contemporâneo.