Do paradigma casual ao paradigma informacional na explicação da ação
O livro procura contribuir para uma reflexão crítica acerca da natureza da informação, mais precisamente do seu conteúdo ontológico. O autor discute algumas abordagens conceituais da informação, dentre elas aquela subjacente à Teoria Matemática da Comunicação, as de Dretske e Juarrero e a implícita no pragmaticismo exposto por Peirce. Uma segunda contribuição está na reflexão sobre a natureza da ação, ancorada em abordagens informacionais. Para o autor, inegavelmente, informação e ação estão profundamente relacionadas, já que além de exercer influências sobre a ação, a informação também é utilizada como suporte conceitual para perspectivas explicativas da ação.O trabalho ainda se debruça sobre o novo caráter da informação, que virou mercadoria de elevado valor político, social e econômico. O seu domínio, a sua obtenção e a sua distribuição são frequentemente utilizados como parâmetro para definir o poder ou o grau de progresso de um indivíduo ou grupo social. O seu controle costuma também gerar ações, individuais ou coletivas, por vezes benéficas, outras vezes altamente destrutivas.
Gilberto César Lopes Rodrigues é pós-graduado em Filosofia pela Unesp e leciona na Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa).
Neste livro, o filósofo e sociólogo alemão Axel Honneth, destacado representante contemporâneo da Escola de Frankfurt, propõe uma roupagem inovadora para o conceito de reificação, ao atrelá-lo também a comportamentos cotidianos, por exemplo, os que se verificam no ambiente familiar, no mercado de trabalho e nos relacionamentos amorosos mediados por redes sociais. O livro sintetiza duas décadas de reflexões do autor sobre a reificação, apresentando um olhar surpreendente para as transformações do establishment social e político de nossos tempos.
Platão, para alguns, a mais influente voz do pensamento helênico, é paradigma da argúcia especulativa tanto no campo metafísico como no cosmológico. Os seis capítulos deste livro constituem um mergulho nas complexidades da dialética do grande filósofo grego.
Platão (427 a.C. - 347 a.C.) foi influência maior em todas as épocas e em todos os setores da filosofia ocidental. Porém, a partir das interpretações neoplatônicas, a essência do platonismo foi sendo obscurecida. B. Williams leva seus leitores, neste guia, de volta às primeiras fontes, relendo os textos-chave para redescobrir um Platão inesperado, fascinante, recompensador.
O livro Da Interpretação, de Aristóteles, é um daqueles pequenos textos que conheceram a glória ainda na Antiguidade, seja pelo tema, seja pelo tratamento genial conferido ao seu conteúdo, seja pela concisão, que facilitaria o trabalho de reprodução dos copistas. Trata-se de um texto seminal para os estudos de lógica, especificamente sobre a estruturação lógica da linguagem, e um dos mais conspícuos pontos do diálogo de Aristóteles com o pensamento contemporâneo.
Este livro mergulha nas complexas relações entre o performativo e o político, explorando temas como a despossessão, a violência, a soberania, a linguagem e a corporeidade. A partir da obra de Judith Butler, a despossessão emerge como um conceito central, revelando as formas como o poder é exercido para subtrair direitos, dignidade e reconhecimento aos indivíduos e grupos marginalizados.