Tiros de movimento-imagem
O livro tem como principal objetivo descrever os procedimentos pedagógicos de treinamento corporal de atores. Para isso, serviu de fio-condutor o processo artístico e pedagógico da diretora, atriz e professora Cristiane Paoli Quito, da Escola de arte Dramática (EaD) da Universidade de São Paulo (USP), na construção da dramaturgia corporal com alunos-atores na criação e montagem de espetáculo baseado da obra O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá, de Jorge Amado. É analisado especialmente o emprego da técnica do clown por Cristiane, assim como os estudos de Body-Mind Centering propostos pela bailarina Tarina Quelho. A autora também procede a uma breve retrospectiva da história do teatro e da pedagogia teatral, procurando nelas contextualizar essas experiências. Ela ainda examina, fartamente, o trabalho de Rogério Toscano na reelaboração do texto original de Jorge Amado e as relações entre o texto e o jogo corporal dos atores. Acompanha o livro um diário detalhado das aulas feito pela autora, o qual contém suas anotações pessoais e reflete seu olhar particular sobre o processo criativo que desenvolveu, além da receptividade dos alunos e dos profissionais para com o trabalho.
Maria Carolina Macari é mestra em Artes Cênicas pela Unesp. Tem experiência na área de dança e teatro, com ênfase em estudos sobre improvisação, dança e educação.
O presente livro aborda as complexas relações entre movimentos sociais e agentes e instituições do Estado no processo de formulação e implementação das políticas públicas ao longo dos governos Lula e Dilma Rousseff. A multiplicidade de enfoques das análises aqui presentes fornece uma robusta contribuição para o conhecimento sobre as interações – frutíferas, mas com enormes desafios – entre movimentos sociais e Estado na produção de políticas públicas, auxiliando os embates vindouros neste árduo processo de construção da democracia brasileira.
As universidades brasileiras, institutos de pesquisa e mesmo os movimentos camponeses de nosso país têm pouca informação sobre as muitas e diferentes formas de organização de agricultores e de camponeses em escala internacional. Os autores deste livro realizam uma radiografia cuidadosa de praticamente toda as articulações internacionais dos mais variados setores sociais que atuam no campo, analisando sua composição regional, de classe e ideológica, suas relações com ONGs e instituições internacionais e como eles enfrentaram o neoliberalismo global.
Este livro trata dos movimentos sociais urbanos que se colocam contra uma determinada situação e procuram mudar esse status quo usando ou não a força física ou a coerção. Na tradição brasileira, raramente os movimentos urbanos usaram a força física, enquanto a coerção política, relacionada com a capacidade de pressão de cada movimento específico, se faz bastante presente no sentido de coagir o poder público a cumprir as reivindicações de um movimento. A publicação aponta que, a partir do fim da década de 1970 e na de 1980, movimentos urbanos ligados às Comunidades Eclesiais de Base da Igreja Católica, a sindicatos, com as greves do ABC paulista, à moradia, com as ocupações de terra urbana, ao feminismo, à ecologia e contra a discriminação étnica ou sexual começaram a se destacar e a ocupar muito espaço nos meios de comunicação.
Dar a vida e cuidar da vida mostra a ligação do feminismo com as Ciências Sociais ao enfocar, entre outros tópicos, a emergência das questões feministas e o conceito de saúde reprodutiva na Sociologia. Além desses temas, são verificadas abordagens voltadas para diferenças ou deigualdades em assuntos como maternidade, contracepção, aborto, tecnologias reprodutivas e cuidados com a saúde.
Livro que apresenta uma reunião de textos que adicionam novos temas a questões tradicionalmente abordadas, ao longo de mais de quatro décadas, por Roberto Cardoso de Oliveira. Aqui é tratada temática da identidade étnica, a sua relação com os fenômenos culturais e com o mundo moral: a recuperação da dimensão do Ego associada ao problema da liberdade frente às possibilidades de manipulação da identidade étnica; as vicissitudes da identidade étnica e/ou nacional nas mais variadas situações observáveis no interior das sociedades anfitriãs de grande escala; e, finalmente, a transposição de uma experiência de pesquisa até então centrada nas relações entre índios e não índios passa, agora, para um estudo voltado à gênese de ideologias étnicas numa nação milenar.