Uma análise etnológica da aula de Anatomia
O estudo de Carolina Biscalquini Talamoni analisa e interpreta os processos de ensino e aprendizagem engendrados no âmbito das aulas da disciplina Anatomia Geral e Humana, ministrada a estudantes de cursos de licenciatura em Ciências Biológicas. A autora contempla as problemáticas relacionadas à questão metodológica e à familiarização dos estudantes com o ambiente do laboratório, de modo a cumprir objetivos que ela considera fundamentais. O primeiro é contextualizar a aula do ponto de vista histórico, cultural, psicológico. O segundo é produzir uma análise minuciosa da descrição densa enquanto metodologia de pesquisa pertinente para investigações nos campos das Ciências Sociais e da Educação. Por fim Talamoni almeja demonstrar a descrição densa enquanto resultado e também produto da pesquisa.
O primeiro dos cinco capítulos do livro, “Anatomia, ensino e entretenimento” traz um histórico da Anatomia no mundo, a fim de proporcionar um panorama geral da constituição da disciplina anatômica no âmbito da cultura ocidental. No segundo capítulo a autora aborda a história da disciplina no Brasil.
O capítulo três, teórico e de revisão bibliográfica, procura orientar o leitor sobre os fundamentos do Programa da Descrição Densa de Clifford Geertz, além e discutir críticas ao programa e as possibilidades de observação proporcionadas pela metodologia, ainda pouco explorada no campo da Educação no Brasil. Em consonância com as propostas da descrição densa, o quarto capítulo trata dos personagens que compuseram o cenário mais abrangente da descrição propriamente dita, enquanto o último apresenta uma descrição densa da disciplina Anatomia Geral e Humana.
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Desde 1966, a música recuperou seu status de disciplina educacionale voltou a estar presente nas escolas. No entanto, após três décadas de ausência, perdeu-se a tradição da educação musical. Por isso, além de oportuno, é necessário repensar os modos de implantação de seu ensino e de sua prática. Como ponto de partida, a autora considera o quanto a educação musical decorre de hábitos, valores, condutas e visões de mundo da sociedade de cada época. Entretanto, deixa claro que a música é uma parte necessária, e não periférica, da cultura humana, merecendo ocupar um lugar proeminente no sistema educacional. Em face disso, defende a necessidade de combater vigorosamente a indigência cultural a que a escola está submetida e de reconhecer a relevância das artes – particularmente, da música – no processo educativo.
Este livro origina-se de pensamentos sobre os sentidos da criatividade artística. Quando o indivíduo é criativo? Como deflagrar a criatividade no ser humano? Essas interrogações levam a buscar, por intermédio de algumas análises e exemplos, um modo de situar esse fenômeno do espírito humano, construindo correlações apreendidas visualmente nas obras de arte ao longo da história.
Este livro se insere no campo da história da educação contemporânea compreendida como parte da história da cultura, e propõe uma ruptura com as clássicas matrizes disciplinares legadas pelo conhecimento moderno.
Com o propósito de fornecer direcionamentos para a educação profissionalizante de deficientes visuais, este livro apresenta métodos que ajudam educadores a desenvolver sua prática docente junto a esses indivíduos. Klaus Schlünzen Junior e Renata Benisterro Hernandes realizam um importante trabalho com contribuições para a inclusão social, buscando criar meios que beneficiem a profissionalização das pessoas com deficiência visual, de modo a fazê-las alcançar suas habilidades potenciais. Para chegar a este objetivo, os autores traçam a história da educação profissional, explorando as principais dificuldades para a inserção de tais indivíduos no mundo do trabalho, defendendo a necessidade de professores preparados e cientes deste desafio. Este é o resultado de uma pesquisa profunda, desenvolvida em uma linguagem de fácil acesso, mas que nunca perde o rigor teórico.
Neste livro, a autora definiu os horizontes e as fronteiras do saber histórico escolar. Com o intuito de fundamentar a epistemologia do conhecimento histórico, a pesquisadora faz um significativo balanço historiográfico, cruzando-o com os princípios do nascimento da história como um campo de saber escolar. Ela se reporta ao século XIX, quando a História adquire uma identidade epistemológica e se afirma como um campo disciplinar voltado para a educação, com objetivos bem definidos: a formação da cidadania e de uma identidade nacional.