Crenças e equívocos de professores, autores e críticos
A autora faz aqui a defesa da teoria de Piaget e aponta os descaminhos dessa teoria no âmbito educacional, esclarecendo, além de rebater, as principais críticas que se faz a ela. Para isso, levanta e discute ideias comumente encontradas em textos educacionais “ditos construtivistas”, artigos e obras de seus críticos e, ainda, nas concepções que emergem no discurso de professores, buscando identificar equívocos, distorções e congruências.
O principal objetivo da autora é mostrar como o Construtivismo tem sido “desconstruído” na área educacional e recolocar a teoria piagetiana em seus espaços próprios – os da Epistemologia e Psicologia. Ela procura analisar as concepções que considera falsas ou simplesmente desvirtuadas sobre o Construtivismo no âmbito educacional a partir do interior da teoria, ou seja, recorrendo a argumentos que se apoiam nos “propósitos, questões e conceitos que informaram o trabalho científico de Piaget”.
O livro foi dividido em três partes. A primeira, intitulada “Construtivismo, psicologia e educação” trata de elucidar os conceitos-chave da teoria piagetiana, recordar como o Construtivismo veio a tornar-se uma corrente hegemônica na Psicologia e mostrar sua trajetória na educação brasileira.
A segunda parte, “Uma pesquisa sobre os desvios do Construtivismo em professores do ensino fundamental”, apresenta dados quantitativos acerca desses “desvios”, os principais equívocos dos professores e uma interpretação sobre as causas de tal “assimilação deformante”.
A terceira parte, “Piaget e seus intérpretes”, é dedicada aos intérpretes de Piaget, incluindo seus críticos. Aborda os “recados” enviados aos professores por autores construtivistas e os “pecados” contidos em certas ideias que se transformaram, inclusive, em slogans, além de questionar mais um caso de “assimilação deformante”.
Autor deste livro.
O ponto de partida deste livro foi a busca do aprofundamento das questões relativas à sensibilização da criança em face da educação por meio da arte e da formação e atualização do profissional de educação. Para tanto, o autor mostra o trabalho desenvolvido com educadores e crianças de uma escola pública da periferia de São Paulo, por meio de diferentes manifestações artístico-culturais.
Trata-se de um estudo sobre as práticas de leitura em Assis, na região Oeste do interior de São Paulo. Verifica a preferência por determinados autores nas escolas de primeiro grau nas décadas de 1920 a 1950. Essas escolhas revelam a articulação de valores como o nacionalismo e o progresso. Escritores como Monteiro Lobato, por exemplo, representavam a possibilidade de ascensão social e individual perante o desenvolvimento e o progresso que se alastravam pelo interior paulista no período enfocado. A escolaridade, por sua vez, era então vista como garantia de inserção social bem-sucedida.
Este livro se insere no campo da história da educação contemporânea compreendida como parte da história da cultura, e propõe uma ruptura com as clássicas matrizes disciplinares legadas pelo conhecimento moderno.
Esta coletânea reunida por Dante Moreira Leite traz textos que alcançam uma visão geral de problemas e pesquisas em diferentes áreas da psicologia da criança. A obra data de 1972, quando os estudos do desenvolvimento da criança raramente eram traduzidos para o português e sua publicação permitiu que os estudantes brasileiros tivessem acesso a diferentes perspectivas nesse campo, um dos mais importantes da psicologia contemporânea.
A atualidade da perspectiva pedagógica do projeto iluminista é o assunto principal do trabalho de Carlota Boto. Trata-se de um retorno às origens da perspectiva educacional do Ocidente moderno, aos escritos de Rousseau, Diderot e Voltaire. A autora mostra como o projeto iluminista já adiantava questões que hoje estão na ordem do dia, como as funções do Estado e a estrutura das políticas públicas, e reatualiza a discussão sobre o caráter emancipatório dos processos educacionais.