As associações literárias no Oitocentos
Esta obra tem como objetivo analisar o papel que desempenhou a crítica literária na construção da cultura escrita do Oitocentos brasileiro, a partir do pressuposto de que a literatura foi a principal forma de expressão, conhecimento e reconhecimento do Brasil enquanto nação naquele período. Milena da Silveira Pereira busca apreender em que medida o gênero, então incipiente, foi conduzido por princípios regulares e buscou definir, forjar ou mesmo inventar uma cultura escrita e uma nacionalidade brasileiras.
Para a autora, a crítica literária assumiu no século 19 uma posição equivalente à de tutora dos escritores, inclusive traduzindo os anseios e projetos da sociedade, ou seja, teria pretendido ajudar a delinear as feições do literato.
Boa parte do discurso crítico produzido naquele período, pontua ela, foi publicada em periódicos editados pelas sociedades literárias de São Paulo e Rio de Janeiro e por esse motivo tais textos constituem o corpus documental da obra, que dedica um capítulo específico a esses veículos. Segundo Silveira Pereira, além de grande peso como instrumento legitimador e de manutenção da prática de associar-se dos letradosdaquele tempo, os periódicos desempenharam papel importante na divulgação de seus escritos para públicos mais amplos, contribuindo assim para a consolidação da crítica literária enquanto tal e das ideias que o gênero textual procurava disseminar.
Autor deste livro.
Autora de obras de literatura infantil, juvenil e adulta, Ana Maria Machado ganhou recentemente o prêmio Hans Christian Andersen e a láurea de membro da Academia Brasileira de Letras. Obra que reúne dez estudiosos que mergulharam nas diversas facetas da autora, reconhecida pela crítica especializada, por entidades nacionais e internacionais do mundo da literatura, além de ser admirada por seus leitores e pelo papel na formação de leitores críticos.
O conjunto de entrevistas reunidas em A política e as letras apresenta ao leitor um Raymond Williams pouco conhecido do público brasileiro. Gestado com o intuito de discutir sistematicamente o pensamento do intelectual britânico, este livro propõe uma rara reflexão biográfica em que trajetória pessoal e reconstruções teóricas se conformam em um instigante debate sobre a própria atividade intelectual.
À margem da história, um dos luminares da obra euclidiana, representa um exercício intelectual de caráter não somente transamazônico, mas transnacional, em cujo percurso o autor mapeia a exuberância natural e o contrastante depauperamento humano que dominam a paisagem das profundezas do Brasil.
Este livro reúne artigos publicados no Proleitura, jornal que circulou de junho de 1992 a fevereiro de 200, realizado por uma equipe fixa constituída de professores da UNESP ( Assis-SP), UEM (Maringá-PR), UEL (Londrina) e UFMS (Três Lagoas-MS), bem como por destacados colaboradores eventuais. Sempre primado por um cuidado editorial rigoroso, que permitiu fosse lido com prazer e proveito, seja pelos trabalhos de cunho teórico, relacionados aos avanços dos estudos lingüísticos e literários, seja pelos estudos ligados diretamente à aplicação em sala de aula, seja ainda pelas relevantes indicações de leituras e resenhas de obras de variada natureza, presentes em sua páginas, o Proleitura representou uma importante referência para todos quantos se dedicam ao ensino de língua e literatura. Com esta relação de textos, espera-se possibilitar aos leitores continuar desfrutando, se um modo mais acessível e permanente, das idéias veiculadas noProleitura, contribuindo com sua reflexão para o desenvolvimento dos estudos da área e, principalmente, fazendo chegar à sala de aula alguns avanços dos últimos anos.
Este livro se propõe a refletir a respeito da literatura e da crítica no século XX, buscando o que seria um pensamento ideal sobre ambas. Todorov analisa as grandes correntes ideológicas dessa época e a maneira como se manifestam por meio da reflexão sobre a literatura.