Estudo básico sobre Cláudio Manuel da Costa. O autor elabora uma avaliação precisa do contexto literário arcádico no país e uma análise original da obra do poeta mineiro.
Autor de 2 livros disponíveis em nosso catálogo.
Edward Lopes é um scholar, também amplamente conhecido como lingüista, ensaísta e fino romancista. Nesta obra de maturidade, liberta-se de todos os ranços acadêmicos e oferece-nos doze ensaios, ricos de informação, penetrantes pelas análises e vazados em um estilo pessoal, saboroso e irônico. Estuda obras literárias de várias épocas e origens, com tratamento lingüístico ou semiótico ou à maneira de Bakhtin ou de Propp, mas de forma crítica e muito livre. São seus temas: o ensino da língua, semiótica da literatura, Bakhtin, Saussure, Camões, os Árcades, Cornélio Penna, Borges, o Lazarillo de Tormes e Unamuno, entre outros.
O autor mergulha no clássico Em busca do tempo perdido, de Marcel Proust, para mostrar os mecanismos lingüísticos que relacionam o discurso verbal ao plástico, chegando a concepções sobre o pensamento estético de Proust, que podem ser ampliadas para o questionamento sobre a atividade artística, em suas mais variadas formas de expressão. Realiza um paralelismo entre diferentes sistemas lingüísticos, especialmente entre literatura e pintura, gerando uma ampla discussão sobre os elementos fundamentais proustianos. Mostra como o discurso se vale da palavra para romper os limites do dizível e permite uma visão da capacidade de Proust de entrelaçar intelectualismo e impressionismo, o que lhe possibilitou atingir os mais delicados matizes em sua reprodução de estados sensoriais e espirituais.
Este é o primeiro volume da coleção Pequenos Frascos, de obras com textos menos conhecidos (e, de certa forma, "marginais") de autores consagrados nas mais diversas áreas. Neste volume há uma compilação de escritos satíricos de Jonathan Swift, escritor irlandês do século XVII. O texto que o intitula é um pequeno grande achado: o autor apresenta uma polêmica solução para o problema das crianças famintas que perambulava pelas ruas da Irlanda na época. É um "mundo dos horrores" modo pelo qual o autor convoca a todos para a liberdade de pensar "pelo avesso", porque "o mundo está direitinho demais para estar certo".
Nesta longa e minuciosa pesquisa, realizada quase totalmente na Itália entre 2001 e 2009, Maria Betânia Amoroso recupera e analisa as impressões deixadas por Murilo Mendes entre os italianos durante o período em que ele viveu naquele país (1957 a 1975). Seu maior objetivo é contribuir para a releitura do percurso do poeta e de sua abrangente obra, ao iluminar aspectos ainda poucos estudados de sua trajetória.
Nesta obra, Costa Lima recupera as acepções históricas e filosóficas da melancolia para estabelecer a articulação desse estado afetivo com a literatura. No percurso dessa investigação, o autor reconhece a condição de “criatura carente” no caráter humano – pathos da melancolia no discurso ficcional e plástico. Com essa tese, o ensaísta irradia sua análise para traços peculiares da produção de dois escritores decisivos da literatura moderna ocidental: o tcheco Franz Kafka e o irlandês Samuel Beckett. Ao fazer esse mapeamento extenso, estudado ora teórica ora textualmente, Costa Lima aponta como a experiência melancólica, na cultura ocidental, afetou de diferentes modos as diversas expressões do pensamento e das artes.