Neste que foi um dos seus últimos trabalhos Duby apresenta paralelos e diferenças entre os medos e ansiedades dos homens que viveram a passagem do primeiro milênio e os perigos de hoje, na proximidade do ano 2000. Apoiado em diversas ilustrações e num projeto gráfico primoroso, o livro flui de maneira simples e didática, respondendo a diversas questões que procuram estabelecer as características dos homens e da sociedade existentes por volta do ano 1000 e suas semelhanças e diferenças com a sociedade atual.
O historiador francês Georges Duby (1919-1996) é um dos mais influentes medievalistas do mundo. Dele, a Editora Unesp já publicou Ano 1000, ano 2000: na pista de nossos medos, em 2003.
Foi no seio da Idade Média que se desenvolveram as regras de matrimônio. Resultantes de conflitos e disputas de poder entre diferentes esferas da sociedade da época, muitas dessas regras ainda vigoram na sociedade contemporânea. Cobrindo um arco temporal que vai do século XI ao XIII, Georges Duby investiga aqui a evolução do casamento nos círculos da nobreza, a partir do exame de documentos eclesiásticos, discursos literários e genealogias. Este estudo não apenas elucida a gênese desse contrato tão longevo; ele permite, também, que se entrevejam as estruturas sociais que o ensejaram, com suas semelhanças e diferenças em relação à instituição atual.
Em O ano mil, Henri Focillon nos convida a revisitar um período crucial da história ocidental, desvendando as complexas transformações que moldaram o imaginário e a arte do Ocidente medieval. Muito além de um marco cronológico, o ano mil emerge como um ponto de inflexão, um prisma através do qual podemos observar o nascimento de uma nova sensibilidade estética e espiritual.
Se a idade de ouro nunca existiu – a não ser na imaginação – nem se avizinha, por que a felicidade é, mais que nunca, uma exigência massacrante? E o que buscar neste início de século, quando as referências se desmembram e a existência perde o sentido? Eis uma obra que revisita – desde a Antiguidade até os tempos correntes – a história da procura por essa felicidade. Nunca conquistada, mas exaustivamente procurada.
Neste livro, Jean-Pierre Vernant investiga como os gregos procuravam representar o divino. Centrando-se especialmente nas representações de Ártemis, da Górgona e de Dioniso, busca chaves para decifrar o enigma que parece uni-las. Pelo viés da antropologia histórica, revelam-se as dimensões religiosas, culturais, políticas e sociais que envolvem e permeiam essa simbologia, indispensáveis para compreender o papel particular que essas divindades desempenhavam na vida dos antigos gregos.
Quem é o responsável pelas infelicidades que esmagam a humanidade? Depois de muitas hesitações, os primeiros Pais da Igreja buscaram a explicação no velho mito bíblico de Adão e Eva. Os bispos do concílio de Trento fizeram dele um dogma, afirmando que a falta do primeiro homem corrompeu a natureza humana. Desde então, a doutrina do pecado original moldou a moral cristã e, mais amplamente, a imagem do homem. Construída com cuidado e erudição, esta obra é instrutiva e instigante, feita para pessoas curiosas, crentes ou não, sobretudo numa época em que a distinção entre o bem e o mal — e sobretudo sua origem — se articula com dificuldade.