Uma nova obra de referência, que abre espaço para que Humberto Mauro, artista mineiro, considerado o mais brasileiro dos diretores do cinema nacional, seja conhecido na totalidade das facetas de sua ampla filmografia. Mauro fez filmes entre 1925 e 1974, e construiu uma trajetória repleta de imagens que se tornaram matrizes do cinema brasileiro. Neste livro, que relata os 50 anos de atividade de Humberto Mauro e discute a possibilidade da existência de um cinema brasileiro e dos seus vínculos com a grande arte universal, a autora reflete sobre a possibilidade de filmar o Brasil e seu povo sob um olhar também nacional. Com essa proposta, o estudo ilumina o Cinema Novo e ajuda a projetar hipóteses sobre os caminhos da produção nacional.
Sheila Schvarzman é historiadora e dedica-se ao estudo da relação entre o cinema e a história e da história do cinema brasileiro. Atualmente, vem desenvolvendo pesquisas sobre Octavio Gabus Mendes e o cinema brasileiro da década de 1920. É professora visitante do Departamento de Multimeios do Instituto de Artes da Unicamp e historiadora da Condephaat (SP).
A história dos homens no Brasil não é uma história sem tensões; é uma história composta de conflitos, dominação, subserviência e violência. E também de afetos, coragem, astúcia e negociações.
História do esporte no Brasil: do Império aos dias atuais vai além do esforço de preservaçao da memória, como a maioria dos titulos escritos por praticantes ou jornalistas que acompanham determinada modalidade esportiva. Resultado do amadurecimento das investigações científicas que dedicam um olhar mais cuidadoso ao esporte, este livro organizado por Mary Del Priore acompanha os novos estudos históricos que têm como objetos de investigação as práticas corporais institucionalizadas (esportiva, ginástica, Educação Física, capoeira).
Data de muito tempo no Brasil o início do registro de cenas em película. No entanto, embora tenha havido iniciativas de grande envergadura na área cinematográfica, tais experiências naufragaram em maior ou menor grau entre 1930 e 1966 (ano da criação do Instituto Nacional de Cinema), período investigado mais detalhadamente pelo presente estudo. Em busca de compreender por que o cinema não se desenvolveu aqui na mesma proporção de outros países, a autora recolhe e analisa, a partir dos vestígios desses naufrágios, elementos reveladores e surpreendentes da trajetória da sétima arte em nosso país, na qual o Estado esteve intimamente imbricado. O objetivo do livro não é retraçar a relação entre Estado e cinema no Brasil até o momento presente, mas sim identificar e comparar tal relação em dois momentos políticos distintos, o regime autoritário e a democracia. São trabalhados em detalhe os aspectos políticos relacionados à economia e à legislação cinematográfica. O leitor interessado em cinema brasileiro encontrará nesta terceira edição ampliada do estudo de Anita Simis profunda reflexão e pesquisa sobre o desenvolvimento pregresso do cinema brasileiro, que são preciosos insumos para a análise do atual momento da nossa indústria cinematográfica.
Obra de leitura interessante e agradável, de fundamental importância àqueles que se interessam pelo Brasil imperial, retrata Princesa Isabel, de uma forma acurada e leve - uma das nove mulheres que, durante o século XIX estiveram no comando político de nações. O historiador inglês Roderick J. Barman reúne documentação inédita e farto material iconográfico, obtido por meio da própria família imperial, e retrata a vida privada e a trajetória pública de D. Isabel, a princesa imperial e legítima herdeira do trono de D. Pedro II. Uma reconstituição histórica sólida que apresenta o cenário sociopolítico do Segundo Reinado de maneira direta e cativante e aborda o universo de vida feminino e as relações entre gênero e poder no século XIX.
Nos ensaios que compõem este livro, Chartier – dialogando com autores como Braudel, Febvre, Ricouer e Freud – analisa esses processos, abordando as continuidades e rupturas em relação ao tratamento que é dado aos livros nas editoras dos dias atuais. O cuidadoso exame de palavras, sentenças, pontuação e traduções emoldura o quadro da produção do livro através do tempo. Estão em foco os autores que vêm se dedicando ao exame minucioso dessas camadas de sedimentos textuais, em busca dos rastros que o processo editorial deixou depositados sobre os textos no decorrer da História. Tomando as obras de Cervantes e Shakespeare como exemplo dos efeitos e variações “impressos” pelo processo editorial, Chartier investiga também a constituição do cânone literário e a noção de autoria nos séculos passados.