A expansão das favelas e das periferias, o crescimento do tráfico de drogas e as políticas de segurança pública constituem alguns dentre tantos outros problemas urbanos que afetam particularmente as grandes cidades e têm demandado respostas urgentes. Na perspectiva original assumida neste livro, as soluções para tais problemas respeitariam não apenas a visão corrente de um planejamento urbano que se concentra nas mãos do Estado, mas também a ideia de ação descentralizada, em que se atribui à sociedade civil como um todo a responsabilidade por essa tarefa.
Marcelo Lopes de Souza é professor na Universidade Federal do Rio de Janeiro, onde coordena o Núcleo de Pesquisas sobre Desenvolvimento Sócio-Espacial (NUPED). Doutorou-se em Geografia na Universidade dee Tübingen (Alemanha), onde foi professor visitante. Ganhou o Prêmio Jabuti, em 2001.
Glauco Bruce Rodrigues é professor na Universidade Estácio de Sá (Rio de Janeiro) e pesquisador do Núcleo de Pesquisas sobre o Desenvolvimento Sócio-Espacial (NUPED).
A primeira edição de Conhecimento e imaginário social instigou e dividiu os estudantes de filosofia, sociologia e história da ciência quando foi publicada em 1976. A alegação radical de David Bloor era de que as ciências, mesmo as hard sciences, como a física e a matemática, são tão dependentes de fatores sociais, como convenções, interesses, tradições e prestígio, quanto o são dos fenômenos físicos observáveis ou da necessidade lógica abstrata. Nesta segunda edição, num novo e considerável posfácio, Bloor responde aos acalorados e, por vezes, vituperiosos debates ocasionados por seu livro.
Paralelamente às transformações que perpassaram as sociedades ao longo da história, desenvolveram-se também diferentes linhas de interpretação sobre esses fenômenos. Neste livro, Zygmunt Bauman se debruça sobre essas correntes interpretativas, fornecendo não apenas uma introdução à hermenêutica, mas também uma importante reflexão sobre as tentativas de interpretar a sociedade.
Este livro reúne doze ensaios que tgratam alguns temas centrais da teoria política contemporânea e, particularmente, da teoria politica marxista, confrontando e revendo teses de modo polêmico e original. São examinados temas como a natureza do poder politico, o papel da politicana mudança histórica, a estrutura e a função do Estado, as crises politicas, a cena político-partidária nas sociedades capitalistas, o processo de conversão das classes em forças sociais atuantes no processo político e as distinções políticas e ideológicas no interior das classes trabalhadoras. Os ensaios examinam também temas controversos da atualidade, como o esgotamento do longo ciclo revolucionário do século XX e a regressão da cidadania.
Os 34 ensaios desta obra analisam criticamente as contribuições e lacunas de autores clássicos das Ciências Sociais sob a perspectiva dos estudos de gênero. Cobrindo um amplo espectro temático – analisando produções que vão de Auguste Comte a Carlo Ginzburg, passando por Claude Lévi-Strauss, Anthony Giddens e Edward Thompson –, estes textos compõem um volume indispensável para os interessados não só em temas relacionados à desigualdade sexual, mas também na própria história do pensamento social.
No Brasil, a emergência de uma vida urbana conectada com os ideais de modernidade teve sua origem na virada do século XIX para o XX, período de aumento do fluxo migratório para as cidades do centro-sul do país. Entretanto, o crescimento desordenado e a política urbana patrimonialista dessas cidades dificultaram a democratização dos equipamentos e serviços públicos urbanos, contribuindo para que essas cidades se tornassem espaços de árduas lutas por cidadania. Nesta obra, Fransérgio Follis procura desvendar como se processou a expansão urbana e a obtenção de direitos sociais pelos moradores da perifieria de Franca, cidade do interior paulista, no período compreendido entre os anos de 1890 e 1996. Mais especificamente, interessa ao autor descobrir como o poder público municipal promoveu uma política urbana orientada para o atendimento dos interesses privados e avaliar o papel desempenhado pelos moradores da cidade na conquista de equipamentos e serviços públicos urbanos.